Bebida comum pode aumentar em 85% o risco de você ter câncer de fígado
Especialistas recomendam a moderação no consumo de bebidas açucaradas como uma medida eficaz para a saúde do fígado
O consumo frequente de bebidas açucaradas, como refrigerantes, pode estar associado a um aumento significativo no risco de câncer de fígado e mortalidade por doenças hepáticas crônicas.
A relação foi apontada por um estudo publicado na revista científica JAMA, que analisou dados de quase 100 mil mulheres na pós-menopausa.

Risco 85% maior de câncer de fígado
Os resultados indicam que mulheres que consumiam uma ou mais porções diárias dessas bebidas tinham um risco 85% maior de desenvolver câncer de fígado e uma probabilidade 68% maior de morrer por doenças hepáticas crônicas, em comparação com aquelas que ingeriam menos de três porções por mês.
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Como o açúcar afeta o fígado?
Embora os mecanismos exatos ainda não sejam totalmente compreendidos, acredita-se que o alto consumo de açúcar eleve os níveis de glicose no sangue e aumente a resistência à insulina.
Esses fatores estão diretamente ligados ao risco de doenças hepáticas e ao desenvolvimento de câncer no fígado, um dos tipos mais letais, com taxa de sobrevivência inferior a 40% após cinco anos.
Os principais sintomas da doença incluem:
- Dor abdominal;
- Inchaço ou massa no abdômen;
- Perda de peso inexplicada;
- Perda de apetite;
- Mal-estar;
- Icterícia (pele e olhos amarelados);
- Ascite (acúmulo de líquido no abdômen).
Estratégias para reduzir os riscos
Especialistas recomendam a moderação no consumo de bebidas açucaradas como uma medida eficaz para a saúde do fígado. Substituir refrigerantes e sucos industrializados por opções como água, chá ou café sem açúcar pode reduzir significativamente os riscos.
“Se nossas descobertas forem confirmadas, a redução do consumo de bebidas açucaradas pode servir como uma estratégia de saúde pública para diminuir a carga de doenças hepáticas”, afirmou Longgang Zhao, da Brigham’s Channing Division of Network Medicine e um dos autores do estudo.
Apesar das evidências, os pesquisadores destacam que o estudo é de natureza observacional, o que significa que não estabelece uma relação de causa e efeito definitiva. Novas pesquisas serão necessárias para compreender completamente os mecanismos envolvidos.