Bebida láctea ajuda a prevenir demência; entenda

Estudo analisou adultos de 25 a 45 anos que consumiram regularmente uma bebida fermentada à base de laticínios

Bebida láctea como o kefir pode ajudar não apenas a prevenir, como tratamento e evitar progressão de doenças como a demência – iStock/Getty Images
Créditos: dulezidar/istock
Bebida láctea como o kefir pode ajudar não apenas a prevenir, como tratamento e evitar progressão de doenças como a demência – iStock/Getty Images

Comer um certo tipo de alimento pode ter impactos de longo e curto prazo na função cerebral e até reduzir o risco de demência, aponta estudo realizado por pesquisadores da APC Microbiome, da Irlanda. 

Para entender a provável relação, o estudo, publicado na revista científica Nutritional Neuroscience, analisou adultos de 25 a 45 anos que consumiram regularmente uma bebida fermentada à base de laticínios.  

Os resultados do experimento permitiram descobrir que a bebida láctea fermentada “aumenta a presença de certos micro-organismos no intestino e melhora a memória associativa em adultos saudáveis”. 

Por que a bebida láctea ajuda a prevenir demência?

Face às amostras observadas, especialistas lembram que o cérebro e o intestino possuem conexão. Por isso, mudanças no microbioma intestinal podem, sim, afetar a função neurológica – e consequentemente provocar alterações comportamentais e cognitivas.

Além disso, outras pesquisas sugerem que os alimentos lácteos fermentados podem oferecer efeitos neuroprotetores e ajudar não apenas no tratamento mas na prevenção e progressão do declínio cognitivo observado na demência e na doença de Alzheimer.

O que é a demência? 

Demência é um termo abrangente utilizado para descrever um conjunto de sinais e sintomas relacionados à perda progressiva e significativa das funções cognitivas.

Ficam prejudicados a memória, a capacidade de raciocínio, o pensamento e a linguagem. O Alzheimer é o tipo mais comum de demência.

Fatores de risco

  • idade avançada;
  • histórico familiar;
  • certos genes, como o gene da apolipoproteína E (APOE ε4);
  • traumas cranianos graves, especialmente lesões que causam perda de consciência;
  • doenças crônicas, como o diabetes;
  • hábitos pouco saudáveis de vida, como dieta pobre, falta de atividade física, tabagismo e consumo excessivo de álcool.