Bebida que todos conhecem pode melhorar a cognição e memória, diz estudo
Nova pesquisa aponta que o composto encontrado nesta bebida pode auxiliar no combate aos distúrbios cognitivos ligados ao envelhecimento
Demora na resolução de problemas, diminuição da velocidade de percepção e comprometimento da memória são situações comumente notadas em fases mais avançadas da vida.
Esses comprometimentos cognitivos, podem fazer parte do envelhecimento saudável. Com o aumento da expectativa de vida global, essa condição se torna cada vez mais evidente.
No entanto, uma recente pesquisa científica traz informações sobre um composto natural que pode ter um papel benéfico na melhora desses sintomas cognitivos associados ao envelhecimento. O composto, chamado trigonelina, frequentemente encontrado no café, acabou associado à melhora da memória, além de benefícios na relação com o espaço.
Qual são os benefícios da trigonelina?
Conforme estudos anteriores, a trigonelina estimula a regeneração de áreas dos neurônios no córtex cerebral. Em testes vinculados à doença de Alzheimer e à neuroinflamação, o composto já havia exibido indução à melhora cognitiva.
Neste novo estudo, os cientistas buscaram entender os efeitos da trigonelina no declínio cognitivo relacionado à idade, assim como compreender os mecanismos moleculares desse composto.
No experimento realizado por pesquisadores japoneses, camundongos com propensão ao envelhecimento acelerado receberam doses de trigonelina durante 30 dias.
Após esse período, houve uma notável melhora na memória desses animais, além de avanços significativos no aprendizado relacionado ao ambiente em que estavam inseridos.
Conclusões do estudo
Além dos resultados positivos observados na cognição dos camundongos, os pesquisadores também notaram efeitos importantes a nível molecular.
Com a ingestão de trigonelina, estiveram observadas modificações em algumas vias de sinalização do hipocampo dos camundongos. Essas alterações foram relacionadas ao desenvolvimento do sistema nervoso, à função mitocondrial, à síntese de ATP, à inflamação, à autofagia e à liberação de neurotransmissores.
A equipe de pesquisa concluiu que a trigonelina suprimiu a inflamação neurológica. Notaram também a redução dos níveis de citocinas inflamatórias TNF-α e IL-6 e o aumento dos níveis dos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotonina no hipocampo.
Os resultados deste estudo apresentam um avanço importante no campo da saúde cerebral e cognitiva, apontando o potencial da trigonelina como agente terapêutico. Este avanço acaba sendo crucial para a busca de tratamentos eficazes para os distúrbios cognitivos associados ao processo de envelhecimento.