Estudo descobre bebida que pode prevenir Alzheimer

A pesquisa explicou que muitos dos ingredientes dessa bebida podem atravessar a barreira entre o sangue e o cérebro para produzir efeitos protetores

Uma nova pesquisa, publicada no Journal of Agricultural and Food Chemistry, sugere que os compostos encontrados em uma bebida presente no dia a dia de muita gente podem ajudar a prevenir o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Segundo os pesquisadores uma dose de café expresso pode inibir um processo que se acredita estar envolvido no início da demência.

Estudo mostra que ingredientes do café podem ter efeito protetor contra o Alzheimer e outras demências
Créditos: Dusan Stankovic/istock
Estudo mostra que ingredientes do café podem ter efeito protetor contra o Alzheimer e outras demências

Embora os mecanismos exatos que desencadeiam Alzheimer ainda não estejam claros, os especialistas acreditam que uma proteína chamada tau desempenha um papel fundamental.

Essa proteína pode ajudar a estabilizar estruturas no cérebro de pessoas saudáveis, mas também pode se agrupar em estruturas semelhantes a fios chamadas fibrilas, causando problemas.

Alguns pesquisadores acham que impedir essa formação pode aliviar os sintomas da doença de Alzheimer ou até mesmo impedir que ela se desenvolva.

Evidências

Outros estudos já mostraram que o consumo moderado e, às vezes, até alto de café exerce um efeito neuroprotetor contra duas das doenças neurodegenerativas mais comuns – Parkinson e Alzheimer.

Para testar essa teoria, a equipe de pesquisa testou doses de café expresso contra uma forma abreviada da proteína tau em um laboratório. Os testes duraram até 40 horas.

Os pesquisadores notaram que as fibrilas de tau ficaram mais curtas e não formaram emaranhados maiores quando a concentração do extrato de café expresso aumentou. Essas fibrilas encurtadas não são tóxicas para as células humanas.

A equipe explicou que muitos dos ingredientes do café, como a cafeína e a genisteína, podem atravessar a barreira entre o sangue e o cérebro para produzir efeitos protetores.

Embora a equipe acredite que suas descobertas possam abrir caminho para encontrar ou projetar tratamentos para a doença, mais pesquisas são necessárias.