Blogueira fitness é adepta do jejum intermitente: ‘É bom pra mim’
O jejum intermitente é tema de discussões e polêmicas no mundo todo.
A blogueira americana Lita Leiws, aderiu à dieta e postou em seu Instagram: “O jejum intermitente tem sido bom para mim. O que eu mais amo nessa dieta é a flexibilidade que eu tenho, sem me sentir culpada por comer o que eu quiser! Isso também me ajudou a eliminar lanches desnecessários ao longo do dia e da noite”.
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No caso de Lewis, o período de alimentação vai do meio-dia às 20h durante a semana, aos sábados e domingos ela se permite certa flexibilidade.
Ela faz quatro refeições ao dia, tomando o café da manhã às 12h, almoçando entre 14h e 15h, às 17 vem a janta e um lanchinho antes das 20h, como mostra matéria do UOL.
Riscos e cuidados com esse tipo de dieta
A técnica, adotada por celebridades como Beyoncé e Jennifer Lopez, é polêmica e já foi alvo de pesquisas que indicam que ela não é efetiva (leia mais aqui).
O Catraca Livre conversou com Tatiana Marques Marzano, especializada em nutrição clínica e esportiva, que frisou que existem pessoas que se adaptam ou não a práticas como essa: “O ideal seria não buscar orientações na internet, mas sim com um profissional especializado. Juntos, eles verão se é adequado para o paciente realizar esse tipo de dieta e qual protocolo (tempos de alimentação e pausa) é mais apropriado para cada caso”, afirma.
A profissional diz que, infelizmente, muitas pessoas buscam dietas e resultados milagrosos, que não existem. Segundo ela, o correto é melhorar a qualidade das refeições, diminuindo o consumo de comidas industrializadas e priorizando as naturais.
“Se a pessoa já tem uma alimentação saudável, pratica exercícios e, ainda assim, precisa perder peso, podemos estudar outras estratégias”, diz Tatiana.
A nutricionista explica que existem vários protocolos de jejum intermitente, alguns mostram efeitos positivos como a perda de gordura e manutenção de massa muscular, o que é considerado um emagrecimento de qualidade.
Além disso, essa técnica pode ajudar na manutenção do peso ao final do processo, o que é mais difícil conseguir com outras dietas.
Porém, Tatiana aponta que em protocolos muito restritivos, como os em que a pessoa fica 20 horas do dia em jejum ou deixa de comer em dias alternados, não há apenas perda de gordura, mas de massa muscular. “Também aumenta a fome, o que pode levar a desenvolver um transtorno alimentar, ou seja, compulsão”, diz a profissional.
Ela lembra ainda que, além da primeira consulta, é importante realizar o acompanhamento com o profissional, para verificar se o efeito está sendo o esperado e se é indicado seguir, rever ou até parar esse tipo de dieta.
“As pessoas vão muito por moda, receitas da internet, e podem ter mais prejuízo que benefícios, como perda de massa muscular ou desenvolver transtornos alimentares. A melhor estratégia é aquela que conseguimos manter em longo prazo, ou seja, realmente mudança de estilo de vida, alimentação e exercícios”, finaliza Tatiana.