Blogueira mostra etapas da recuperação após plástica no nariz

Em um vídeo divulgado em seu canal no YouTube, ela detalha as dificuldades do pós-operatório

03/10/2018 17:21 / Atualizado em 05/05/2020 11:58

Vídeo publicado no YouTube mostra as etapas após a plástica no nariz
Vídeo publicado no YouTube mostra as etapas após a plástica no nariz - arquivo pessoal

Com mais de 6 milhões de seguidores no Instagram, a blogueira Mari Maria resolveu usar as redes sociais para divulgar o que muita gente não vê: a recuperação de plástica no nariz. Ela gravou todo o processo pós-cirúrgico e chegou a fazer imagens 4 horas depois de realizar a rinoplastia, ainda no hospital.

Em um vídeo divulgado em seu canal no YouTube, ela detalha todas as etapas da recuperação e aparece com o rosto ainda inchado e cheio de hematomas. “Se você quer fazer alguma coisa, mesmo que seja bom para você, saiba que sempre tem um preço”, afirma.

A questão estética não foi o principal motivo que a levou a optar pela cirurgia plástica. A blogueira sofria de um desvio de septo nasal, o que a fazia respirar com dificuldades.

No quarto dia após a plástica, Mari relatou que não sentiu dor nenhuma. “Não estou com dor, é só um incômodo porque você respira muito pouco pelo nariz. Nos primeiros dias, não respirava nada”, explica. Ela também contou que o rosto demorou três dias para desinchar.

Confira o diário de recuperação em que ela conta todas as inseguranças pré-cirurgia e as dificuldades durante o processo após a rinoplastia:

Como é feita a rinoplastia para desvio de septo?

O septo nasal é a parede composta de cartilagem e osso que divide o nariz em duas cavidades ou fossas nasais. A narina de pessoas com desvio de septo é mais estreita para a passagem de ar, dificultando a respiração.

De acordo com a médica otorrino Renata Ribeiro de Mendonça Pilan, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, ABORL-CCF, 85% das pessoas apresentam desvio do septo nasal em diferentes graus de severidade.

A cirurgia corrige o desvio e ajuda paciente a respirar melhor
A cirurgia corrige o desvio e ajuda paciente a respirar melhor - istock

A cirurgia que corrige o desvio de septo é realizada sob anestesia geral, com cortes dentro do nariz, sem cicatriz externa. A hospitalização geralmente é de apenas um dia. O objetivo desta cirurgia é centralizar o septo nasal, sendo indicada quando o desvio causa obstrução nasal importante (nariz entupido), infecções nos seios paranasais (sinusites), cefaléia (dor de cabeça) e para complementar o tratamento do ronco e da apneia do sono.

Como qualquer outro procedimento cirúrgico, o cuidado ao escolher um cirurgião é essencial. A decisão de se submeter à cirurgia deve levar em consideração se os benefícios atingirão os seus objetivos e os riscos e potenciais complicações, que – como em toda cirurgia – existem.

Riscos e as complicações da plástica no nariz

  Febre e dor: é comum no pós-operatório e, geralmente, discreta e de fácil controle

  Sangramento: normalmente muito discreto e com melhora após repouso e compressas geladas. Raramente são volumosos, mas pode exigir novo tamponamento, ligadura de vasos (cirurgicamente) e transfusão sanguínea

  Infecção, abscesso e hematoma septal: raramente ocorre, devendo ser controlada com curativos, drenagem e antibióticos

  Perfuração septal: é rara e geralmente não causa nenhum sintoma, mas pode necessitar de tratamento clínico ou de reparo cirúrgico

  Sinéquias: são aderências que podem ocorrer entre as paredes do nariz. São desfeitas com curativos e, às vezes, exigem outra intervenção cirúrgica

  Retorno do desvio ou desvio residual: em técnicas muito conservadoras, principalmente em crianças, a cartilagem poderá voltar parcialmente à posição ou forma anterior, por vezes necessitando re-intervenção.

  Retorno da hipertrofia (aumento) das conchas: em casos de rinite alérgica.

  Complicações da anestesia geral: atualmente com a modernização dos aparelhos de anestesia e dos novos medicamentos, o risco anestésico diminuiu muito, porém há um risco de complicações em todo procedimento cirúrgico.