Bolsonaro investiga soluço persistente; veja os possíveis gatilhos

O termo “soluço” está entre as principais pesquisas relacionadas ao nome de Bolsonaro nos últimos sete dias, segundo o Google Trends. Isso porque o presidente está com o incômodo há pelo menos 10 dias. Ele tem associado o problema aos remédios que está tomando depois de uma cirurgia de implante dentário.

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A condição pode, sim, se manifestar a partir de medicamentos, principalmente anestésicos, mas há outros inúmeros gatilhos para o soluço, que nada mais é que contrações involuntárias do diafragma, um dos músculos principais na respiração.

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Para investigar melhor a origem do soluço, o presidente deu entrada nesta quarta-feira, 14, no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, para a realização de exames. A medida foi tomada por decisão de sua equipe médica.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social informou que Bolsonaro ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital.

Segundo a Mayo Clinic, os gatilhos mais comuns para soluços que duram menos de 48 horas incluem:

• Ingerir bebidas gaseificadas
• Bebida alcóolica em excesso
• Comer demais
• Excitação ou estresse emocional
• Mudanças repentinas de temperatura
• Engolir ar ao mascar chiclete

Já quando o incômodo persiste por mais de 48 horas, a causa pode envolver outros fatores, que vão desde tumor, cisto ou bócio no pescoço a refluxo gastroesofágico e dor de garganta.

Também estão entre as causas tumor ou infecção no sistema nervoso central ou danos ao sistema nervoso central como resultado de um trauma. A meningite e o traumatismo craniano, por exemplo, podem causar esse dano.

De acordo com a Mayo Clinic, problemas mentais ou emocionais, como ansiedade, estresse e excitação também podem estar associados a alguns casos de soluços de curto e longo prazo.

Qualquer irritação próxima ao diafragma também pode causar soluço. No caso de Bolsonaro, é possível que isso tenha acontecido na cirurgia para implante dentário porque nervos oral e frênico possuem ramificações que vão do canal auditivo até o diafragma.

Tratamento do soluço persistente

Na maioria das vezes, os soluços desaparecem com o passar do tempo, sem precisar de nenhum tratamento médico. Porém, existem alguns medicamentos de uso controlado e vendidos sob prescrição médica que podem ser utilizados, quando a condição se prolonga.

O mais indicado, no entanto, é investigar a causa do soluço e tratar a origem.

Há casos em que os tratamentos menos invasivos não são eficazes que podem precisar de injeção de um anestésico para bloquear o nervo frênico e interromper os soluços.

Outra opção é implantar cirurgicamente um dispositivo operado por bateria para fornecer estimulação elétrica moderada ao nervo vago. Esse procedimento é mais comumente usado para tratar a epilepsia, mas também ajuda a controlar os soluços persistentes.