Brasil registra 2º caso de febre do Nilo Ocidental

Não existe tratamento específico para a doença, apenas para os sintomas

Febre do Nilo: novo caso registrado no Piauí
Créditos: martinatobolova/istock
Febre do Nilo: novo caso registrado no Piauí

O Ministério da Saúde confirmou o segundo caso de febre do Nilo Ocidental no país. A suspeita foi notificada em 2017, mas os laudos conclusivos foram obtidos só em janeiro deste ano. O primeiro caso ocorreu em 2014. Ambas as ocorrências foram registradas no Piauí, na região de Picos, cerca de 300km de Teresina.

De acordo com a pasta, “o achado revela a recorrência da circulação do vírus na região e reforça a importância das ações de vigilância e investigação” da doença.

A febre do Nilo Ocidental é uma infecção viral causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela. Ela é causada pela picada de mosquitos infectados.

Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.

No caso de quadro leve, há sintomas de febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar, anorexia, náusea, vômito, dor nos olhos e dor de cabeça.

Não existe vacina ou tratamento específico para a doença. O tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas. O paciente infectado precisa ficar em repouso e com reposição de líquidos. Na versão grave da doença, há necessidade de acompanhamento de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em 2018, a doença atingiu 1.505 pessoas na Europa, causando 115 mortes. Os óbitos acontecem em casos raros.