Câncer de estômago: 5 sintomas que não devem ser ignorados

Ministério da Saúde prevê 21 mil novos diagnósticos de câncer de estômago até 2025

13/04/2024 08:31

Os sintomas de câncer de estômago são inespecíficos, alertam estudos sobre o tema – iStock/Getty Images
Os sintomas de câncer de estômago são inespecíficos, alertam estudos sobre o tema – iStock/Getty Images - peterschreiber.media/istock

Com previsão de 21 mil casos de câncer de estômago neste triênio (2023 -2025), segundo o Ministério da Saúde, o câncer de estômago ou gástrico é uma doença que não costuma apresentar sinais ou sintomas óbvios em seu estágio inicial. Razão pela qual torna a sua chance de cura mais difícil. 

Segundo pesquisas sobre o tema, o tipo de adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos.  O termo “adenocarcinoma” refere-se a um câncer que se origina nas células glandulares, que normalmente revestem o interior do estômago e produzem muco e outros fluidos estomacais.

As células glandulares são responsáveis por secretar enzimas e ácido gástrico para auxiliar na digestão dos alimentos. Quando essas células sofrem mutações genéticas que levam ao crescimento descontrolado e à formação de tumores malignos, o resultado é o adenocarcinoma de estômago.  Contudo, outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago.

Sintomas de câncer de estômago

  • Perda de peso inexplicável
  • Dor abdominal na parte superior do abdômen 
  • Vômitos frequentes após as refeições
  • Vômito com sangue que muitas vezes pode ser cor de café
  • Fezes pretas ou comumente chamadas de fezes alcatroadas 

Fatores de risco do câncer de estômago

  • Infecção por Helicobacter pylori: a presença desta bactéria no estômago tem sido associada a um maior risco de câncer gástrico; 
  • História familiar: pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram câncer gástrico podem ter um risco aumentado;
  • Idade: o risco de câncer de estômago aumenta com a idade;
  • Sexo: os homens têm uma incidência maior de adenocarcinoma gástrico em comparação com as mulheres;
  • Dieta: dietas ricas em alimentos defumados, em conserva e processados, bem como baixo consumo de frutas e vegetais, têm sido associadas a um aumento do risco; 
  • Em muitos casos também podem ocorrer icterícia, perda de peso, início precoce de diabetes e perda de apetite. Se algum desses sinais estiver presente, é importante procurar atendimento médico.

O diagnóstico geralmente envolve exames como endoscopia, biópsia e exames de imagem. Já o tratamento do câncer de estômago (adenocarcinoma gástrico) depende de vários fatores, incluindo o estágio do câncer, a localização do tumor, a saúde geral do paciente e outras considerações individuais. Geralmente, uma abordagem multidisciplinar é empregada, envolvendo diferentes modalidades de tratamento.

As principais opções de tratamento incluem: 

Terapia-alvo
Alguns casos de câncer de estômago podem responder a medicamentos direcionados a proteínas específicas nas células cancerígenas. Esses medicamentos são chamados de terapias-alvo e são projetados para interromper processos específicos que ajudam as células cancerígenas a crescerem.

Imunoterapia
A imunoterapia é uma abordagem que estimula o sistema imunológico do corpo a combater as células cancerígenas. Alguns pacientes com câncer de estômago podem se beneficiar desse tipo de tratamento, especialmente em casos avançados.

Cirurgia
A cirurgia é frequentemente realizada para remover o tumor no estômago. Em alguns casos, pode envolver a remoção parcial do estômago (gastrectomia parcial) ou a remoção completa do estômago (gastrectomia total). Os linfonodos próximos ao estômago também podem ser removidos para avaliar se o câncer se espalhou.

Quimioterapia
O uso de medicamentos quimioterápicos é comum para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A quimioterapia pode ser administrada antes ou após a cirurgia, dependendo do estágio do câncer. Às vezes, é usada para controlar o câncer em estágios avançados.

Radioterapia
A radioterapia usa feixes de radiação para destruir ou danificar as células cancerígenas. Pode ser usada antes da cirurgia para encolher o tumor, após a cirurgia para destruir células cancerígenas restantes, ou como tratamento principal para aliviar sintomas em casos avançados.