Câncer de mama: você deve prestar atenção a estes 7 sinais

Há muito sinais além de nódulos na mama que podem indicar a doença; saiba reconhecê-los

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
20/11/2024 11:06 / Atualizado em 27/11/2024 15:38

Quando você pensa nos sintomas do câncer de mama, a primeira coisa que vem à mente são provavelmente caroços palpáveis. Mas há muitos outros sinais de câncer de mama aos quais as mulheres precisam se atentar. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que 73.610 novos casos de câncer de mama sejam registrados até 2025, com uma taxa de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

A doença ainda é o tipo de câncer mais comum em mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não-melanoma.

Sinais e sintomas de câncer de mama

  • Novos caroços ou endurecimento da mama ou axila
  • Mudança no tamanho ou formato da mama 
  • Corrimento mamilar (claro, turvo ou com sangue)
  • Alterações na pele (por exemplo, inflamação, ondulações, vermelhidão ou descamação)
  • Retração da pele da mama ou do mamilo
  • Linfonodos aumentados na axila (geralmente visíveis como inchaço)
  • Dor persistente nos seios
Há muito sinais além de nódulos que podem indicar câncer de mama
Há muito sinais além de nódulos que podem indicar câncer de mama - Carlos Fernandez/istock

Qualquer pessoa que notar um ou mais destes sintomas deve ser examinada por um médico. No entanto, não é aconselhável presumir imediatamente que você tem câncer de mama e entrar em pânico – também existem várias causas relativamente inofensivas de anormalidades, como cistos, um tumor benigno ou tecido conjuntivo compactado.

Os gânglios linfáticos inchados geralmente indicam uma infecção. Se é realmente câncer de mama só pode ser determinado por um médico.

Detecção precoce do câncer de mama pode salvar vidas

O autoexame das mamas para a detecção de nódulos deixou de ser indicado pelo Ministério da Saúde como forma de prevenir o câncer de mama. 

Embora seja uma estratégia que ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo e identificar mudanças nele, o método pode acabar fazendo com que as pacientes deixem de procurar atendimento médico, retardando o diagnóstico da doença.

Com a palpação dos seios, geralmente a mulher não consegue identificar pequenos caroços, de 1 cm ou menos, ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário –estrutura que carrega o leite durante a amamentação.

Apenas nódulos de 3 cm ou mais são possíveis de serem identificados no autoexame, tamanho considerado grande.

Já com a mamografia, é possível encontrar esses pequenos nódulos e identificar tumores no estágio inicial, o que facilita o tratamento e aumenta as chances de cura.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade.