Câncer de vulva: o que é, sintomas e tratamento
Essa região do corpo é difícil de autoexaminar, por isso, se sentir alguma dor na área genital ou notar algum sintoma, é importante consultar um médico
O câncer de vulva (câncer vulvar) é uma condição rara, mas séria, que afeta a região genital externa da mulher.
Embora seja menos comum do que outros tipos de câncer ginecológico, como o câncer de colo de útero ou o câncer de ovário, é importante entender essa doença, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis.
O que é o câncer de vulva?
O câncer de vulva é uma neoplasia maligna que se desenvolve nos tecidos da vulva, a parte externa da genitália feminina, que inclui os lábios externos (ou grandes lábios), os lábios internos (ou pequenos lábios), o clitóris e a abertura vaginal.
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Geralmente, ele se desenvolve lentamente ao longo do tempo e pode se espalhar para os tecidos próximos e para os linfonodos na virilha.
Existem vários tipos diferentes de câncer vulvar:
- O carcinoma de células escamosas (CEC) é o tipo mais comum, representando cerca de 90% de todos os cânceres vulvares na Austrália. Começa nas células finas e planas (escamosas) que cobrem a vulva.
- O melanoma vulvar (mucoso) representa entre 2% e 4% dos cânceres vulvares. Começa nas células que dão cor à pele (melanócitos), que também se encontram no revestimento da vulva. Eles não estão relacionados à superexposição à radiação UV do sol.
- O sarcoma é um tipo raro de câncer vulvar que começa nas células da gordura muscular e em outros tecidos sob a pele.
- O adenocarcinoma é outra forma rara de câncer vulvar que se desenvolve a partir das células glandulares (produtoras de muco) nas glândulas vulvares.
- O carcinoma de células de Basileia (CBC) é um tipo muito raro e estrela nas células altas (basais) da camada inferior da pele.
O câncer vulvar não é comum. De acordo com o A.C. Camargo Cancer Center, afeta mais comumente mulheres com mais de 50 anos, sendo a incidência maior nas que têm mais de 70 anos.
No entanto, também pode ocorrer em mulheres mais jovens.
Sintomas do câncer de vulva
- Um caroço ou nódulo na região
- Coceira persistente, dor ou sensibilidade na área genital
- Dor durante o sexo
- Sangramento anormal, especialmente após a relação sexual ou após a menopausa
- Mudanças na cor ou textura da pele da vulva
- Úlceras ou feridas que não cicatrizam
- Inchaço na virilha
Fatores de Risco
- Infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV)
- Idade avançada
- Tabagismo
- Condições pré-cancerosas da vulva, como neoplasia intraepitelial vulvar
- Ter um sistema imunológico enfraquecido
- Histórico de lesões prévias na vulva
Diagnóstico de câncer na vulva
Os principais exames utilizados para diagnosticar a doença são o exame físico, a colposcopia e a biópsia de tecido.
Esses testes geralmente são realizados ao mesmo tempo.
Como o câncer vulvar às vezes está associado ao câncer cervical, o médico também pode verificar se há células anormais na vagina e no colo do útero.
Opções de tratamento
O tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio e da extensão do câncer. As opções de tratamento podem incluir:
Cirurgia
A cirurgia é o principal tratamento para a doença. O tipo de operação dependerá do estágio do câncer. O cirurgião tentará remover todo o câncer junto com parte do tecido saudável circundante (chamado de margem). Isso ajuda a reduzir o risco de o câncer voltar. Alguns gânglios linfáticos da pélvis também podem ser removidos.
Radioterapia
A radioterapia utiliza radiação, como raios X, para matar ou danificar células cancerígenas. A radioterapia dependerá do estágio do câncer, do seu tamanho, se ele se espalhou para os gânglios linfáticos e de quantos gânglios foram afetados.
Quimioterapia
A quimioterapia usa medicamentos para matar ou retardar o crescimento das células cancerígenas. O tratamento pode ser:
- durante a radioterapia, para tornar o tratamento de radiação mais eficaz
- para controlar o câncer que se espalhou para outras partes do corpo
- como tratamento paliativo, para aliviar os sintomas do câncer.
A quimioterapia pode ser na forma de comprimidos, um creme aplicado na vulva ou, mais comumente, por injeção na veia.
Terapia-alvo
Em alguns casos, terapias-alvo específicas podem ser usadas para tratar cânceres de vulva que expressam certas proteínas.
O câncer de vulva é uma condição séria que requer atenção médica imediata. Portanto, reconhecer os sintomas precoces e procurar orientação médica são fundamentais para um diagnóstico e tratamento precoces.
Com um tratamento adequado e acompanhamento regular, muitas mulheres com câncer de vulva podem ter uma boa qualidade de vida e prognóstico.