Característica está associada ao desenvolvimento de Alzheimer

Ser uma pessoa com hábitos matutinos pode estar relacionado ao desenvolvimento do Alzheimer; entenda os motivos

13/08/2023 22:30

Estimativas do Ministério da Saúde mostram que 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano – iStock/Getty Images
Estimativas do Ministério da Saúde mostram que 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano – iStock/Getty Images - Getty Images/iStockphoto

De acordo com o estudo realizado pelo Imperial College London, ser uma pessoa com hábitos matutinos pode, de certa maneira, estar relacionado ao desenvolvimento do Alzheimer.

Para chegar à conclusão, a pesquisa observou mais de meio milhão de indivíduos e analisou suas informações genéticas, bem como seus padrões de sono. E descobriu que aqueles com o dobro do risco genético de Alzheimer tinham 1% mais probabilidade de ser uma pessoa que costuma ir para cama cedo e acordar cedo também. Eles também pareciam dormir menos.

É necessário frisar, no entanto, que os resultados do estudo não significam que o hábito resulte em demência, nem que todas as pessoas matutinas vão ter Alzheimer no futuro. Contudo, os pesquisadores avaliaram que esse pode, sim, ser um indicativo precoce da doença.

“Descobrimos que aqueles que estão geneticamente em risco de contrair a doença de Alzheimer têm maior probabilidade de ser pessoas matutinas. Mas não encontramos nenhum efeito dos traços do sono sobre o risco de Alzheimer”, afirmou Abbas Dehghan, um dos autores do estudo.

O que é o Alzheimer

Transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, a doença se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometendo habilidades de pensamento e a capacidade de realizar as tarefas simples do dia a dia.

O primeiro sintoma, e o mais característico, é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Embora não haja cura, o paciente precisa ser acompanhado. No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.