Brasil volta a ter casos da “doença da urina preta”
Doença é ligada ao consumo de peixe e crustáceos; veja os sinais e sintomas
Casos da doença da síndrome de haff, popularmente chamada de “doença da urina preta”, voltaram a ser registrados no Brasil. Dessa vez, as notificações ocorreram no Amapá.
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) do estado informou que duas pessoas precisaram ser internadas. Uma delas segue no hospital, mas tem quadro estável. Além desses pacientes, outros quatro casos são investigados no estado.
Todas as notificações são de pessoas que consumiram o peixe da espécie pacu, no município de Santana.
O Pará também investiga casos suspeitos da doença. Só em setembro, de acordo com um levantamento local, foram registradas 54 pessoas com sintomas parecidos com a síndrome.
O número é bem superior ao quantitativo de todo o ano passado, quando o estado registrou 25 casos suspeitos.
A Vigilância Sanitária de Santarém, onde os casos estão em investigação, informou que tem intensificado as fiscalizações no município, mas reforçou o pedido para que a população tenha cuidado com a procedência de pescado comprados e que verifique se ele está bem acondicionado.
Síndrome de haff ou doença da urina preta
A síndrome de haff é uma doença provocada por lesão muscular que resulta na elevação dos níveis séricos de creatina fosfoquinase (CPK). A doença tem rápido início, após o consumo de certos peixes e crustáceos cozidos.
Acredita-se que a causa da doença seja alguma toxina estável ao calor.
Ao ingerir o pescado, se estiver presente a toxina, ela provocará a destruição das fibras musculares esqueléticas e liberará elementos de dentro dessas fibras no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em órgãos como os rins, podendo em casos graves ocasionar falência renal e cardíaca e levar a óbito.
Sintomas
Os principais sintomas da Síndrome de Haff são a falta de ar, a dormência e a perda de força em todo o corpo e a urina cor de café, por isso o nome popular de “doença da urina preta”.
A doença não possui tratamento específico e a pessoa com suspeita deve procurar imediatamente atendimento médico para manter a hidratação.