Cheiro estranho no ar? Talvez o culpado esteja no seu prato – e não no seu desodorante

Sim, o que você come pode estar mandando recados que o seu corpo exala

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
14/04/2025 11:00 / Atualizado em 23/04/2025 16:55

O mau cheiro corporal pode estar ligado ao consumo de certos alimentos e bebidas – eternalcreative/istock
O mau cheiro corporal pode estar ligado ao consumo de certos alimentos e bebidas – eternalcreative/istock - eternalcreative/istock

Você já testou aquele desodorante “24h de proteção”, experimentou sabonetes que prometem milagres e até apelou para receitas caseiras da vovó. Mas o cheiro incômodo insiste em ficar? Talvez o problema não esteja na sua pele — mas no seu prato.

Sim, o que você come pode estar mandando recados que o seu corpo exala. Literalmente.

O cardápio secreto do seu cheiro

O que parece apenas um jantar inocente pode estar escrevendo uma história invisível na sua pele — e ela pode não cheirar tão bem assim. Alimentos específicos influenciam diretamente o tipo de suor que você produz e, com isso, o seu “aroma pessoal”.

Vamos aos protagonistas (e antagonistas) dessa trama:

  • Brócolis, couve-flor e repolho: os vilões disfarçados de mocinhos

Eles fazem maravilhas pela sua saúde, mas também soltam compostos sulfurosos que, uma vez metabolizados, saem pela pele. O resultado? Um cheiro que pode causar mais impacto do que o esperado — e não de um jeito bom. Então, se o dia pede networking ou um date, talvez seja melhor deixá-los para depois.

  • Carne vermelha: um banquete para o paladar, um desafio para o olfato

Estudos apontam que pessoas que seguem dietas vegetarianas são percebidas como tendo um cheiro corporal mais agradável. E a carne vermelha? Bem… Ela é difícil de digerir e, nesse processo, pode liberar substâncias que saem no suor, criando uma fragrância, digamos, intensa demais.

  • Café, peixe e álcool: os cheiros ocultos do cotidiano

Aquele cafezinho que te salva nas manhãs? Ele também acorda suas glândulas sudoríparas, aumentando a transpiração. Já o peixe, especialmente para quem tem trimetilaminúria (uma condição genética rara), pode literalmente te deixar com cheiro de peixe. E o álcool? Vai embora da festa, mas continua desfilando pelo seu suor (e hálito) no dia seguinte.

  • Seu corpo, sua assinatura olfativa

Não existe fórmula mágica — genética, metabolismo e estilo de vida definem como o seu corpo metaboliza o que você consome. Mas a boa notícia é: pequenas mudanças na alimentação podem fazer grandes transformações no seu cheiro natural.

Quer exalar mais confiança? Comece pelo que vai no seu prato. Afinal, o seu aroma pessoal é, em parte, uma narrativa contada pela sua dieta.

Resumo da ópera?

Seu corpo fala — e cheira — de acordo com o que você escolhe colocar na mesa. Que tal reescrever essa história com aromas mais agradáveis?

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