Choque séptico: entenda a condição que causou a morte de Maurílio
A complicação pode surgir a partir de uma infecção em qualquer parte do corpo e é uma das principais causas de morte hospitalar
O cantor sertanejo Maurílio, de 28 anos, que fazia dupla com Luiza, morreu na tarde da quarta-feira, 29, em decorrência de choque séptico depois de ficar 16 dias na UTI tratando tromboembolia pulmonar.
A condição é uma forma grave da sepse, uma das principais causas de morte hospitalar. O quadro é caracterizado por uma reação extrema do corpo a uma infecção, que faz com que o próprio organismo do paciente cause inflamações diversas na tentativa de combater os agentes invasores, que podem ser bactérias ou vírus.
Além disso, o choque séptico provoca uma queda drástica e resistente da pressão arterial.
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Esse processo pode levar à disfunção ou falência múltipla dos órgãos e até mesmo à morte. No caso do sertanejo Maurílio, ocorreu falência de rins, pulmão, fígado e coração, segundo os médicos que trataram dele.
A condição pode surgir a partir de qualquer infecção em qualquer parte do corpo, desde uma simples infecção urinária. Quando não é contida no foco de origem, o quadro pode evoluir para sepse e para choque séptico.
Como é diagnosticado?
O diagnóstico é feito a partir do exame clínico e concluído com os exames laboratoriais. O médico fica atento quando os sinais de sepse grave estão presentes, juntamente com pressão arterial baixa e sinais de disfunção orgânica.
Como é o tratamento?
Em ambiente hospitalar, os médicos usam uma série de medicamentos para tratar o choque séptico, incluindo antibióticos intravenosos para combater infecções; medicamentos vasopressores, que são drogas que contraem os vasos sanguíneos e ajudam a aumentar a pressão arterial; insulina para estabilidade de açúcar no sangue e
corticosteroides.
Quanto mais cedo a sepse for diagnosticada e tratada, menor é a probabilidade de ocorrer choque séptico. O problema é que as condições têm uma mortalidade alta, mesmo quando tratadas. No Brasil, a mortalidade por choque séptico chega a 65% dos casos, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).