Chris Martin, do Coldplay, revela suas estratégias para lidar com a depressão
Vocalista disse que ultimamente tem notado muitas pessoas, incluindo ele, passando por momentos delicados de saúde mental
Fama, dinheiro e reconhecimento não são garantias de felicidade e bem-estar emocional. Mesmo sendo um dos artistas mais admirados da atualidade, Chris Martin, vocalista da banda Coldplay, desabafou sobre desafios emocionais que enfrenta. Em um vídeo no Instagram, ele compartilhou suas experiências pessoais com a depressão e as estratégias que utiliza para enfrentá-la.
Durante a turnê mundial “Music of the Spheres”, após um show em Hong Kong, Martin abriu seu coração e ofereceu conselhos que têm sido úteis em sua jornada. “Essas são algumas das coisas que me ajudam a permanecer grato e feliz por estar vivo”, descreveu.
Estratégias de Chris Martin para lidar com a depressão
1. Escrita livre
Martin pratica a escrita livre, dedicando 12 minutos para escrever pensamentos e sentimentos sem censura. Após esse período, ele descarta o papel, simbolizando a liberação das emoções negativas.
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2. Meditação transcendental
A meditação transcendental é outra ferramenta que Martin utiliza para acalmar a mente e encontrar equilíbrio emocional. Essa prática envolve a repetição de mantras para alcançar um estado de relaxamento profundo. “Tem sido maravilhosa para mim”, contou o cantor.

3. Exercícios de propriocepção
Desenvolvidos por Jim Costello, esses exercícios ajudam Martin a manter a consciência corporal e são especialmente benéficos para pessoas com TDAH ou autismo.
4. Técnicas de respiração
Inspirado pelo livro “The Oxygen Advantage”, Martin adotou técnicas de respiração que melhoram a oxigenação do corpo e promovem o bem-estar mental.
5. Música terapêutica
O álbum “Music for Psychedelic Therapy” de Jon Hopkins é uma das escolhas de Martin para momentos de introspecção e alívio emocional.
6. Filmes inspiradores
Martin recomenda o filme “Sing Sing” como uma fonte de inspiração e reflexão, contribuindo para sua saúde mental.
7. Gratidão diária
Praticar a gratidão é uma das estratégias que Martin utiliza para manter uma perspectiva positiva e fortalecer sua resiliência emocional.
Depressão é coisa séria
Não se trata de frescura, nem preguiça, depressão é uma doença grave incapacitante que acomete mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em quadros depressivos, há um desequilíbrio químico no cérebro, que afeta áreas relacionadas ao humor, energia, prazer, sono, apetite, libido, memória, entre outras. E por mais que a pessoa queira reagir, ela não consegue tão facilmente.
Os hormônios do estresse são tão atuantes sobre a saúde dos neurônios que chegam a provocar uma redução das dimensões do hipocampo, estrutura envolvida na memória e no controle de emoções.
O diagnóstico é clínico, ou seja, é feito a partir da observação de um conjunto de sintomas que ocorrem concomitantemente na área dos sentimentos, emoções, pensamento e no corpo físico. Não existe nenhum exame clínico (de imagem ou de laboratório) que possa fazer o diagnóstico da doença, nem descartá-la.
Como tratar a depressão?
O tratamento para a depressão ocorre por meio de psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou uma combinação de ambos, dependendo da gravidade.
Metade dos casos, no entanto, não responde de uma maneira satisfatória à primeira medicação, sendo necessário, em algumas vezes, ajustes de doses e remédios.
É importante que, ao menor sinal da doença, a pessoa busque ajuda. É possível fazer um acompanhamento com um médico de família gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também atendem todos os casos de depressão, mas são especialmente formulados para os níveis moderados ou graves.