Ciência descobre vacinas que ajudam a reduzir risco de Alzheimer
Estudo acompanhou pacientes sem demência por oito anos
Pesquisadores de Universidade de Houston descobriram um efeito colateral interessante de várias vacinas já existentes: a redução do risco de Alzheimer no futuro. Segundo eles, isso ocorre com a vacinação prévia contra tétano e difteria, com ou sem coqueluche; herpes zóster e o pneumococo.
Uma versão pré-impressão de um estudo foi publicada online recentemente no Journal of Alzheimer’s Disease.
As novas descobertas vêm pouco mais de um ano depois que a equipe de pesquisa publicou outro estudo, que descobriu que as pessoas que receberam pelo menos uma vacina contra influenza tinham 40% menos probabilidade do que seus pares não vacinados de desenvolver a doença de Alzheimer.
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Detalhes do estudo
O estudo abrangeu cerca de 1,5 milhão de pessoas e comparou adultos imunizados com outros que não tinham recebido vacinas. Todos os pacientes estavam livres de demência durante um período retrospectivo de dois anos e tinham pelo menos 65 anos no início do período de acompanhamento de oito anos.
Os pacientes que receberam a vacina DTaP (Tétano, Difteria, Coqueluche) tiveram 30% menos probabilidade do que seus pares não vacinados de desenvolver a doença de Alzheimer (7,2% dos pacientes vacinados versus 10,2% dos pacientes não vacinados desenvolveram a doença).
Da mesma forma, a vacinação contra herpes zóster foi associada a um risco reduzido de 25% de desenvolver a doença de Alzheimer (8,1% dos pacientes vacinados versus 10,7% dos pacientes não vacinados).
Para a vacina pneumocócica, houve uma redução de 27% no risco de desenvolver a doença (7,92% dos pacientes vacinados versus 10,9% dos não vacinados).
A hipótese dos pesquisadores é que, ao proteger o corpo de infecções, as vacinas também impedem que ocorra um desequilíbrio nas proteínas do cérebro. Segundo eles, as vacinas podem mudar a forma como o sistema imunológico responde ao acúmulo de proteínas tóxicas que contribuem para a doença de Alzheimer.