Ciência revela que esta fruta pequenina é poderosa e reduz risco de infecção de urina
Compostos do cranberry impedem a ação da E. coli, bactéria que causa 90% das ITUs

Um novo estudo científico reforça o potencial do cranberry no combate à infecção de urina, condição que afeta principalmente mulheres, mas também pode acometer homens e crianças. Os pesquisadores revisaram 50 estudos anteriores com mais de 8.800 participantes e constataram que o consumo de suco ou cápsulas da fruta reduziu significativamente o risco de infecções do trato urinário (ITUs).
O segredo estaria nos compostos chamados proantocianidinas (PACs), que impedem a adesão da bactéria Escherichia coli — responsável por 90% dos casos — às células da bexiga.
Benefícios variam conforme o grupo
A pesquisa revelou que os efeitos protetores do cranberry foram mais expressivos em mulheres com ITUs recorrentes, crianças e pessoas que passaram por intervenções médicas. Nesses grupos, a redução no risco variou de 25% a mais de 50%. Poucos efeitos colaterais foram relatados, sendo dor estomacal o mais comum.
Entretanto, os resultados não foram positivos para todos os perfis. Idosos, gestantes e pessoas com problemas urinários crônicos não apresentaram os mesmos benefícios. Os autores alertam que ainda há lacunas, como a comparação direta com antibióticos e probióticos e a definição de uma dosagem ideal de PACs.

Sintomas comuns e cuidados necessários
A infecção de urina, também conhecida como cistite ou uretrite, pode provocar ardência ao urinar, urgência miccional, urina turva, dores na parte inferior do abdômen e até febre. O tratamento padrão envolve antibióticos, e a busca por alternativas naturais é crescente, especialmente em casos recorrentes.
A ciência ainda busca entender qual a dose exata de PACs necessária para alcançar os efeitos desejados, mas um estudo de 2021 sugeriu 36 mg por dia como um ponto de partida.
Sintomas e causas da infecção urinária
A infecção urinária causa ardência ao urinar, urgência frequente e dor pélvica. Suas principais causas incluem bactérias como E. coli, má higiene, uso de cateteres e alterações hormonais. Mulheres são mais suscetíveis devido à anatomia. O diagnóstico precoce evita complicações renais e melhora a resposta ao tratamento antibiótico. Clique aqui para saber mais.