Cientista diz que variante britânica do coronavírus varrerá o mundo

Especialista do governo britânico acredita que humanidade precisará de pelo menos 10 anos para controlar o vírus

12/02/2021 11:19

A chefe do programa de vigilância genética do Reino Unido, Sharon Peacock, fez um importante alerta em entrevista à BBC. Segundo ela, a variante britânica do coronavírus dominará o país, “com toda probabilidade de varrer o mundo”.

Para Peacock, a humanidade precisará de pelo menos 10 anos para finalmente controlar o vírus. “Assim que controlarmos [o vírus] ou ele sofrer mutação para deixar de ser virulento – causando doenças – podemos parar de nos preocupar com isso. Mas acho que, olhando para o futuro, faremos isso por anos. Ainda faremos isso daqui a 10 anos, na minha opinião”, afirma a cientista.

Sharon Peacock acredita que variante britânica ainda vai varrer o mundo e deve circular por pelo menos 10 anos
Sharon Peacock acredita que variante britânica ainda vai varrer o mundo e deve circular por pelo menos 10 anos - divulgação/Gov.UK

A grande preocupação com relação à variante B.1.1.7 é com o seu alto poder de transmissão. Detectada pela primeira vez em setembro de 2020 na Inglaterra, ela já foi encontrada em mais de 50 países. Os especialistas acreditam que essa variante esteja passando por novas mutações, o que pode comprometer a eficácia das vacinas.

Nova variante em Bristol

Além da B.1.1.7, outra variante preocupa as autoridades sanitárias no Reino Unido. Identificada como variante de Bristol, a nova cepa pode infectar pessoas que já tiveram covid-19 ou que já foram vacinadas contra a doença.

Ainda não se sabe, porém, se ela é mais contagiosa que a britânica descoberta primeiro.

Variante de Bristol é nova ameaça
Variante de Bristol é nova ameaça - matejmo/istock

Segundo o serviço público de saúde britânico, os casos identificados em Bristol têm em comum a mesma mutação registrada nas variantes da África do Sul e do Brasil.

Vale lembrar que novas mutações tendem a aparecer enquanto o vírus estiver em circulação. Quanto mais altas as taxas de contágio, maiores as chances de novas variantes do coronavírus surgirem.