Cientistas acreditam ter encontrado a causa da psoríase
A descoberta pode abrir caminho para novos tratamentos para a doença de pele
A psoríase atinge cerca de 190 milhões de pessoas no mundo (2 a 3% da população) e por volta de três milhões no Brasil. Como a causa não é totalmente compreendida, é uma condição difícil de tratar. No entanto, pesquisadores acreditam ter encontrado pistas sobre o que provoca a doença.
Em um artigo publicado na revista Nature Communications, os cientistas sugerem que um hormônio chamado hepcidina pode ser a causa da condição.
A doença resulta em manchas escamosas na pele que podem causar coceira ou dor. Embora não haja cura, há tratamento e esse varia de pessoa para pessoa.
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O que é hepcidina e como ela afeta a pele na psoríase?
Hepcidina é um hormônio que ajuda você a regular seus níveis de ferro. Geralmente ele está presente no fígado.
A Universidade de Bath, cuja equipe contribuiu para a pesquisa, diz: “Estudos que remontam a 50 anos relataram altas concentrações de ferro nas células da pele de pacientes com psoríase”.
Não se sabe ao certo por que pessoas com psoríase tendem a ter mais ferro na pele, mas os cientistas por trás do estudo da Nature descobriram que camundongos que foram expostos a muita hepcidina produzida pela pele desenvolveram condições semelhantes à psoríase.
A hepcidina produzida pela pele não é comum, pois o hormônio geralmente vem do fígado. Mas o novo estudo descobriu que em pessoas com psoríase, o hormônio também é gerado na pele.
Quais as implicações da descoberta?
A descoberta não significa que podemos estar mais perto da cura da psoríase. No entanto, os cientistas acreditam que os dados sugerem fortemente que a hepcidina seria um bom alvo para o tratamento da psoríase cutânea.
Segundo os autores, um medicamento capaz de controlar esse hormônio pode ser usado para tratar surtos e manter os pacientes em remissão para prevenir a recorrência.
A descoberta pode ser especialmente útil para quem sofre de psoríase pustulosa, que pode afetar as unhas e as articulações, bem como a pele dos pacientes.