Cientistas descobrem remédio tópico com poder antienvelhecimento

Estudo acompanhou um grupo de pessoas com mais de 40 anos e observou a eficácia da droga

E se existisse um remédio capaz de reduzir rugas e flacidez e deixar a pele do rosto bem lisinha? Pois é nisso que cientistas estão apostando. Um estudo publicado na revista científica GeroScience mostrou que o rapamicina – medicamento já existente e usado para prevenir a rejeição de órgãos após a cirurgia de transplante – pode adiar o envelhecimento quando aplicado sobre a pele.

Cientistas já haviam usado a droga para retardar o envelhecimento em camundongos, mas o estudo atual é o primeiro a mostrar um efeito sobre o tecido humano, especificamente na pele.

A análise foi realizada com um grupo de 13 pessoas com mais de 40 anos de idade com evidência de fotoenvelhecimento relacionado à idade e à perda de volume dérmico. Os participantes foram orientados a aplicar por oito meses a rapamicina em uma das mãos e um placebo na outra.

Remédio tópico mostrou eficácia em estudo realizado em humanos
Créditos: deniskomarov/istock
Remédio tópico mostrou eficácia em estudo realizado em humanos

Ao final do experimento, foi observado que os participantes que usaram o medicamento apresentaram um aumento na produção de colágeno e redução dos níveis de proteína p16, que determina o envelhecimento das células.

Quando essa proteína p16 está com o nível mais baixo, ela ajuda a evitar a atrofia dérmica, caracterizada por uma pele frágil que rasga com facilidade, condição comum nos idosos.

Cientistas observaram que a droga reduz nível de proteína que faz a pele ficar frágil
Créditos: Barcin/istock
Cientistas observaram que a droga reduz nível de proteína que faz a pele ficar frágil

Como funciona a rapamicina?

A rapamicina bloqueia a proteína TOR, que atua como mediadora no metabolismo, crescimento e envelhecimento das células humanas. Além disso, a droga também reduz o estresse na célula, atacando os radicais livres causadores de câncer nas mitocôndrias.

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores observam que, como essa é uma pesquisa inicial, ainda é preciso responder a muitas outras perguntas sobre como aplicar o medicamento em contextos clínicos, por exemplo.