Cientistas fazem alerta sobre comportamento da nova cepa da mpox
Variante mais perigosa do vírus já foi detectada na Suécia e na Tailândia, além de alguns países da África
Cientistas que estudam a nova cepa mpox que se espalhou para fora da República Democrática do Congo dizem que o vírus está mudando mais rápido do que o esperado e, muitas vezes, em áreas onde os especialistas não têm financiamento e equipamento para rastreá-lo adequadamente.
Isso significa que há várias incógnitas sobre o vírus em si, sua gravidade e como ele é transmitido, complicando a resposta.
A nova cepa do vírus, conhecida como clado 1b, tem a atenção do mundo novamente depois que a OMS declarou uma nova emergência de saúde. O Congo teve mais de 18.000 casos suspeitos de clado 1 e clado 1b e 610 mortes este ano.
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Também houve mais de 220 casos confirmados do subtipo 1b em quatro países africanos no mês passado, além de um caso na Suécia e outro na Tailândia em pessoas com histórico de viagens à África.
Nova cepa de mpox mais perigosa
A cepa clado 1b é variante da clado 1. Evidências mostram que, além de mais facilmente transmissível, ela pode causar quadro mais grave da doença. Sua taxa de mortalidade é estimada em 3,6%.
Segundo os cientistas, ela parece estar se espalhando principalmente por meio de contatos sexuais.
Atualmente, não há relatos confirmados de casos da variante clado 1 do vírus mpox no Brasil. A maioria dos casos documentados no país e globalmente está relacionada às variantes clado 2 e clado 2b, que são menos letais, embora ainda preocupantes.
Quais os sintomas de mpox?
Os sintomas comuns da mpox incluem uma erupção cutânea que pode durar de 2 a 4 semanas. Isso pode começar com, ou ser seguido por, febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, baixa energia e glândulas inchadas (linfonodos).
A erupção cutânea se parece com bolhas ou feridas. De acordo com a OMS, essa erupção pode afetar o rosto, palmas das mãos, solas dos pés, a virilha, as regiões genital e/ou anal.
Essas lesões também podem aparecer na boca, garganta, ânus, reto ou vagina, ou nos olhos.
Orientação médica
Ao aparecer qualquer um desses sinais ou sintomas é necessário procurar atendimento médico para avaliação, diagnóstico e tratamento.