Cientistas conseguem rejuvenescer a pele de mulher em 30 anos
Os grupo de pesquisadores acredita que poderá ser possível fazer a mesma coisa com outros tecidos do corpo
Uma equipe do Instituto Babraham, em Cambridge, conseguiu algo inédito: rejuvenescer com sucesso as células da pele de uma mulher em 30 anos. O anúncio foi feito pelo centro de pesquisa na semana passada e o estudo foi publicado na revista científica eLife.
Segundo os autores do estudo, a mulher de 53 anos ficou com a pele equivalente a de uma pessoa de 23.
Para esse fim, os cientistas utilizaram um método que tem base na mesma técnica de reprogramação celular usada para criar nos anos 90 a ovelha clonada Dolly, no Reino Unido.
- 9 sinais de demência precoce para ficar atento em você e em seus familiares
- Cientistas descobrem hábito comum que contribui para o Alzheimer
- Entenda o que é câncer no estágio 4 e o que pode ser feito
- Cientistas desenvolvem spray nasal que pode atrasar a progressão do Alzheimer
Eles cultivaram células-tronco expondo células adultas a quatro moléculas por cerca de 50 dias – um método único que ele chamou de iPS.
A equipe, então, expôs as células da pele às mesmas moléculas por apenas 13 dias, depois as deixou crescer em condições naturais.
Ao estudar a produção de colágeno nas células, os pesquisadores descobriram que as alterações relacionadas à idade nas células da pele foram removidas e elas perderam temporariamente sua identidade.
Depois de crescer em condições normais por um período de tempo, os pesquisadores descobriram que as células começaram a se comportar como células da pele novamente.
A equipe então mediu as mudanças biológicas relacionadas à idade nas células reprogramadas e descobriu que as células correspondiam ao perfil daquelas 30 anos mais jovens.
“Lembro-me do dia em que recebi os resultados e não acreditei que algumas das células eram 30 anos mais novas do que deveriam ser”, disse à BBC Diljeet Gill, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores acreditam que o método de rejuvenescimento das células pode ajudar a acelerar o tempo de cura de vítimas de queimaduras e pode, eventualmente, prolongar a vida humana.