Pedalinas ajuda mulheres que querem andar de bike
“Uma sensação que não tive na infância e agora resgato todo dia”, se orgulha Esther Sá, 19 anos, que aprendeu a pedalar em maio desse ano e já faz da bike seu principal meio de transporte. “É possível, não precisa morrer de medo”, garante.
Esther faz parte do coletivo Pedalinas, “um grupo de garotas que pegaram suas bicicletas e saíram pelas ruas de São Paulo.” Foi com elas que aprendeu a pedalar.
A estudante de Ciências Biológicas encontra dificuldades para manter sua rotina de ciclista na faculdade, a Uninove, Campus Barra Funda, que não oferece um espaço para estacionar as bikes, mesmo havendo uma lei que obrigue a presença de bicicletários ou paraciclos.
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Hoje, tramita no judiciário um processo para que seja criado um lugar adequado para estacionar bicicletas nessa universidade.
Mas isso não diminui sua satisfação com a escolha que fez. “A pior parte do seu dia passa a ser um prazer”, conta Esther, que se recusa a “pagar tão caro por um serviço (transporte público) tão ruim” e que não sofre mais com horas perdidas no trânsito e ônibus lotado.
Suporte para quem quer começar do zero
As integrantes do Pedalinas ensinam a andar de bike, montar rotas mais seguras, consertar a bicicleta e até a escolher uma para comprar. A variedade de ações é quase tão grande quanto a de perfis das participantes.
O coletivo reúne mulheres de diferentes idades, profissões, gostos e tamanhos. Desde pessoas que têm medo de carro e só andam de bike, até quem nunca se arriscou em cima das duas rodas.
A escritora Ana Rüsche, 32 anos, também faz parte do Pedalinas e esqueceu que um dia teve medo de andar de bike.
Pedala com tranquilidade e, mesmo ainda usando transporte coletivo no seu dia a dia, comemora quando tem um programa que sabe que vai de bicicleta. “Você fica viciada”, confessa.
Agora, Ana não chega mais atrasada nas aulas da pós-graduação. Depois de experimentar ir de carro, de ônibus e a pé, viu que a melhor opção realmente é a bike. “Não sei como não pensei nisso antes.”
Andar de bicicleta em São Paulo pode ser mais seguro do que parece
Para quem tem medo, uma dica recorrente é “se tornar visível” para os motoristas. Ana costuma usar um colete que “funciona melhor que as luzes”, por exemplo.
Outra recomendação é escolher um caminho que tenha menos movimento e que passe menos ônibus.
“Não precisa mudar de uma hora para a outra”, lembra Ana, o interessante é se adequar aos poucos e entender quais são as suas necessidades.
Mais um conselho precioso é conversar com quem tem mais experiência, não somente com quem não tem o costume de pedalar na cidade. Afinal, “não é possível que todas elas (pessoas que andam de bike) estejam dispostas a correr tanto risco”, lembra Esther.
Acesse o blog e conheça as Pedalinas.