Por que, segundo estudo, comer esta fruta piora a enxaqueca?

Com essa descoberta, a ciência reafirma que até os alimentos mais cotidianos podem conter mistérios para serem revelados

06/01/2025 21:00

Com essa descoberta, a ciência reafirma que até os alimentos mais cotidianos podem conter mistérios para serem revelados – solidcolours/istock
Com essa descoberta, a ciência reafirma que até os alimentos mais cotidianos podem conter mistérios para serem revelados – solidcolours/istock - solidcolours/istock

Um intrigante estudo explorou como uma fruta aparentemente inofensiva pode ser um gatilho para enxaquecas. Sob a liderança do professor Silva Néto, pós-doutor em Ciências Farmacêuticas e docente da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), os cientistas desvendaram um elo curioso entre a melancia e o desconforto causado por essas dores de cabeça.

Quando a melancia vira vilã

A pesquisa revelou que a melancia, rica em citrulina, desencadeia uma sequência química no corpo: a citrulina é convertida em arginina, que posteriormente gera óxido nítrico. Esse composto, conhecido por dilatar os vasos sanguíneos, pode ser um aliado para quem enfrenta hipertensão, mas mostra-se um inimigo para quem sofre de enxaquecas.

Apesar do efeito adverso para um público específico, Silva Néto destacou que a melancia continua sendo uma fonte valiosa de nutrientes, como licopeno e carotenoides, conhecidos por seus benefícios à saúde da pele e na prevenção de doenças.

Como a pesquisa foi conduzida
O estudo dividiu voluntários em dois grupos: um com pessoas diagnosticadas com enxaqueca e outro sem a condição. Após o consumo de melancia, 29% dos participantes com enxaqueca relataram episódios de dor de cabeça, confirmando a ligação entre a fruta e os sintomas.

Foram necessários mais de seis anos de análise minuciosa para compreender o papel do óxido nítrico na fisiopatologia da enxaqueca.

Impulsionando novos horizontes

A descoberta preenche uma lacuna importante na ciência sobre a relação entre alimentação e enxaqueca. Além disso, abre portas para investigações futuras sobre outros alimentos e seus potenciais impactos na saúde.

Reconhecido por sua contribuição, Silva Néto e sua equipe receberam destaque na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e tiveram suas conclusões publicadas em renomadas revistas científicas, como European Neurology e Postgraduate Medicine.

Com essa descoberta, a ciência reafirma que até os alimentos mais cotidianos podem conter mistérios para serem revelados.

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