Comer nestes horários reduz risco de doença cardiovascular, diz estudo
Estudo francês com 103.389 pessoas concluiu que o horário do café da manhã e da janta pode prever risco de doenças cardiovasculares
O cotidiano do ser humano é marcado por rituais alimentares que, muitas vezes, são influenciados por hábitos pessoais, pela cultura local e até mesmo pelo ritmo de trabalho e lazer.
Mas você já parou para pensar que o horário em que você faz suas refeições pode ter um impacto direto na saúde do coração? Um recente estudo francês veio para lançar novas luzes sobre essa questão.
Os pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da França conduziram uma ampla pesquisa, analisando os dados de mais de 100 mil pessoas.
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O que eles descobriram foi uma ligação intrigante entre o momento em que os participantes se alimentavam e o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
Ligação entre o horário das refeições e o risco de doenças
Após analisar os dados de 103.389 indivíduos, sendo 79% do sexo feminino e com idade média de 42 anos, os pesquisadores notaram um padrão. Eles concluíram que o risco de doenças cardiovasculares cresce 6% a cada hora de atraso para a ingestão da primeira refeição do dia.
Em outras palavras, se você toma seu café da manhã às 9h, tem 6% mais chances de desenvolver uma doença cardiovascular do que aqueles que se alimentam às 8h.
Essa porcentagem aumenta ainda mais quando observamos o horário da última refeição. Aqueles que jantam após as 21h têm um risco 28% maior de desenvolver doenças cardíacas quando comparados com aqueles que comem antes das 20h.
Como prevenir doenças cardiovasculares com hábitos alimentares mais saudáveis?
O estudo aponta ainda que a duração do jejum noturno também pode influenciar na redução do risco de doenças cardiovasculares. O maior intervalo entre a última refeição de um dia e a primeira do outro tende a reduzir as chances de desenvolvimento desse tipo de doenças.
Por fim, a conclusão é de que fazer a primeira e a última refeições mais cedo contribui para a redução dos riscos de doenças cardíacas.
Afinal, só em 2019, 18,6 milhões de mortes foram registradas por doenças cardiovasculares no mundo, sendo que 7,9% desses casos são atribuídos à má alimentação, segundo o estudo Global Burden of Disease.