Como a solidão acelera a perda de memória em idosos

O estudo revela como a solidão afeta a perda de memória em idosos e a importância de manter o cérebro ativo

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
04/03/2025 22:01 / Atualizado em 25/03/2025 10:12

Pesquisa aponta para fator que contribuiu para a perda de memória de pessoas mais velhas
Pesquisa aponta para fator que contribuiu para a perda de memória de pessoas mais velhas - Depositphotos/Andreus

Pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, realizaram um estudo com idosos para investigar os impactos da solidão e do isolamento social na perda de memória. Ao acompanhar quatro grupos de adultos mais velhos durante seis anos, o estudo mostrou que o fator determinante para o declínio cognitivo não é apenas o isolamento, mas principalmente a solidão emocional.

O impacto da solidão na perda de memória

Embora o envelhecimento natural do cérebro possa levar à perda de memória, outros fatores podem acelerar esse processo. O estudo revelou que os participantes que eram tanto socialmente isolados quanto solitários apresentaram o maior declínio nas funções cognitivas. Contudo, o fator solitário, mesmo sem o isolamento social, mostrou-se igualmente prejudicial, afetando o cérebro de maneira significativa.

Segundo Ji Won Kang, principal autor do estudo, a solidão é uma emoção subjetiva e, muitas vezes, está relacionada a problemas como a depressão, além de contribuir para o aumento de hormônios do estresse, prejudicando a memória. “Apesar dos riscos conhecidos do isolamento social, surpreendemos ao observar que a solidão sozinha tem um impacto ainda mais forte na saúde mental”, explicou Kang.

A importância da estimulação mental para a saúde do cérebro

Por outro lado, aqueles que estavam socialmente isolados, mas não se sentiam solitários, conseguiam preservar melhor suas funções cognitivas, muitas vezes estimulando a mente com atividades como leitura, jogos e hobbies. Para esses indivíduos, a manutenção de uma vida mentalmente ativa pode ser mais importante do que a interação social.

Além disso, atividades que promovem a plasticidade cerebral, como aprender novas habilidades, viajar ou praticar exercícios físicos, são fundamentais para manter o cérebro saudável e minimizar o risco de perda de memória. Ter conexões sociais, sem dúvida, é benéfico, mas não é o único fator que influencia a saúde cognitiva.

 

Como Frear a Perda de Memória

A perda de memória, um desafio crescente, pode ser retardada com práticas simples, como manter a mente ativa e adotar hábitos saudáveis. Exercícios físicos, alimentação equilibrada e dormir bem são fundamentais. Além disso, estímulos cognitivos diários, como leitura e quebra-cabeças, ajudam a fortalecer as funções cerebrais. Clique aqui para saber mais.