Como funciona a primeira injeção para tratar obesidade
O Wegovy é capaz de reduzir até 17% o peso corporal; medicamento será comercializado sob prescrição médica
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira, 2, o Wegovy (semaglutida 2,4mg), primeiro medicamento injetável para tratar sobrepeso e obesidade. O fármaco deve ser aplicado semanalmente para garantir o tratamento dos pacientes.
Comercializado nos Estados Unidos desde 2021, a expectativa é que o medicamento chegue às farmácias brasileiras no segundo semestre deste ano e será comercializado sob prescrição médica. No momento, não haverá pedido para inclusão do fármaco no SUS.
O Wegovy, produzido pela farmacêutica Novo Nordisk, tinha autorização no Brasil apenas para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2 e na dosagem de 1 mg. Segundo a empresa, testes apontaram que o medicamento oi capaz de reduzir o peso corporal em até 17% em 68 semanas.
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Não há um preço previsto para a venda do medicamento no Brasil, segundo o jornal O Globo. No entanto, nos EUA o tratamento mensal é cotado em US$ 1.300 (cerca de R$ 6.956), conforme informações da imprensa local.
Como funciona a injeção para tratar obesidade
A orientação da Anvisa é para que o uso do Wegovy se dê em pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30 (obesidade) e para pacientes acima de 27 (sobrepeso) com comorbidades –como pré-diabetes, diabetes tipo 2, hipertensão ou problemas cardiovasculares.
A semaglutida é uma droga injetável que imita o funcionamento do GLP-1 — tipo de hormônio natural presente no intestino que promove a sensação de saciedade. Por desempenhar uma função semelhante, ela também promove a saciedade, auxiliando na perda de peso.
Náusea, diarreia, vômito, dor de barriga, dor de cabeça e fadiga são alguns dos efeitos colaterais do medicamento, listados pela agência regulatória americana, Food and Drug Administration (FDA).
De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade, a doença deve atingir quase 30% da população adulta do Brasil em 2030. Segundo a federação, estamos entre os 11 países onde vivem a metade das mulheres com obesidade e entre os nove que abrigam metade dos homens com obesidade.