Como gerenciar o colesterol alto genético e prevenir complicações

Colesterol alto genético exige controle rigoroso. Descubra como alimentação saudável, atividade física e medicação podem ajudar

Por Thatyana Costa em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
18/10/2024 08:26 / Atualizado em 28/10/2024 17:51

Adote hábitos saudáveis para manter seu colesterol sob controle
Adote hábitos saudáveis para manter seu colesterol sob controle - iSTock/piyaset

Muitas pessoas desconhecem que têm colesterol alto, pois, geralmente, essa condição não apresenta sintomas. Porém, quando o fator é genético, como na hipercolesterolemia familiar (HF), é fundamental adotar medidas específicas para controlá-lo.

A HF é uma doença hereditária que provoca níveis elevados de colesterol desde o nascimento, aumentando o risco de doenças cardiovasculares graves.

O que é hipercolesterolemia familiar?

A hipercolesterolemia familiar é uma condição genética que afeta cerca de 1 em cada 2 pessoas em famílias com histórico da doença. Ela é causada por mutações no gene que regula o receptor de LDL, responsável por remover o colesterol ruim da corrente sanguínea. Quando o receptor é defeituoso, o colesterol LDL se acumula no sangue, elevando o risco de ataques cardíacos, derrames e outras complicações.

Como controlar o colesterol alto genético?

Embora a HF seja hereditária, há estratégias que ajudam a controlar o colesterol. A adoção de uma dieta saudável, rica em fibras solúveis e com baixo teor de gorduras saturadas, é essencial. Alimentos como aveia, frutas e legumes ajudam a reduzir a absorção de colesterol, enquanto evitar carnes vermelhas e frituras pode impedir o aumento do colesterol ruim.

Além disso, a prática regular de exercícios aeróbicos, como caminhar ou nadar, eleva o colesterol bom (HDL) e ajuda a reduzir o LDL. Também é importante evitar hábitos prejudiciais, como fumar e beber álcool em excesso, pois ambos contribuem para piorar o quadro cardiovascular.

Em alguns casos, mudanças no estilo de vida podem não ser suficientes, sendo necessário o uso de medicamentos, como estatinas, que ajudam a reduzir o LDL e proteger o coração.