Como monitorar suas arritmias cardíaca?

Entenda os métodos e dispositivos que podem auxiliar no acompanhamento e controle da sua saúde cardíaca

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
11/05/2025 13:00 / Atualizado em 25/05/2025 17:43

Para garantir que o coração esteja saudável, existem diferentes métodos que podem auxiliar a monitorar os batimentos cardíacos – iStock/triocean
Para garantir que o coração esteja saudável, existem diferentes métodos que podem auxiliar a monitorar os batimentos cardíacos – iStock/triocean - iStock/triocean

As arritmias cardíacas são alterações no ritmo dos batimentos do coração, que podem afetar pessoas de todas as idades. Conforme a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), 20 milhões de brasileiros são afetados por essa condição, que causa cerca 320 mil mortes por ano no Brasil.            

Para garantir que o coração esteja saudável, existem diferentes métodos que podem auxiliar a monitorar os batimentos cardíacos para identificar e controlar as alterações na frequência cardíaca. “Uma das maneiras mais simples e eficientes de checar a frequência cardíaca é o autoexame do pulso. Através dele, é possível identificar algumas irregularidades no ritmo e alterações na frequência, permitindo a identificação de algumas condições como fibrilação atrial e extrassístoles”, explica o cardiologista Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

Esse exame pode ser feito por qualquer pessoa para monitorar sua própria frequência cardíaca. Para melhores resultados, é necessário estar sentado em um local quieto, esperar ao menos 10 minutos para que o pulso se estabilize e pressionar o punho (abaixo do polegar) com os dedos médio e indicador até sentir a pulsação.

Realizar esse método por 30 segundos já é o suficiente, então basta multiplicar o número de batimentos por 2 para obter a frequência card íaca por minuto. A frequência cardíaca comum é de 50 a 100 batimentos por minuto, caso o resultado obtido fuja disso, é recomendado que um médico seja consultado.

 “Existem diversas alterações no ritmo cardíaco que podem indicar a presença de arritmias cardíacas. Entre as mais comuns, podemos destacar a taquicardia, que é caracterizada por uma frequência cardíaca elevada em repouso, ou a bradicardia, que se refere a uma frequência cardíaca anormalmente baixa.” – afirma o especialista – “Além disso, batimentos irregulares, acelerações e desacelerações súbitas, bem como pausas nas pulsações, são sinais que devem ser observados com atenção, pois podem ser indicativos de distúrbios no ritmo cardíaco que requerem investigação clínica detalhada.”

Holter pode detectar arritmias que podem ocorrer esporadicamente e não ser captadas durante um ECG de curta duração – iStock/elenaleonova
Holter pode detectar arritmias que podem ocorrer esporadicamente e não ser captadas durante um ECG de curta duração – iStock/elenaleonova - Getty Images

Para uma observação mais precisa, existem outros meios que podem ser feitos e detectar irregularidades. Exames como o eletrocardiograma e o ecocardiograma são feitos para avaliar a atividade elétrica e a estrutura do coração, respectivamente, e identificar alterações em seus padrões normais.

Outro método muito utilizado é o monitoramento com Holter, dispositivo portátil que registra o ECG de forma contínua, geralmente por 24 a 48 horas. Ele é útil para detectar arritmias que podem ocorrer esporadicamente e não ser captadas durante um ECG de curta duração.

Para casos em que as arritmias são difíceis de detectar, um monitor cardíaco subcutâneo pode ser implantado sob a pele do paciente. Ele registra continuamente o ritmo cardíaco e pode fornecer dados ao longo de vários meses, permitindo a detecção de arritmias esporádicas.

O monitoramento das arritmias tem como objetivo identificar ou registrar episódios de distúrbios no ritmo cardíaco. Quando elas são detectadas, pode ser necessário o implante de um marca-passo, dispositivo implantável projetado para corrigir essas arritmias, especialmente em casos de bradicardia (batimentos cardíacos lentos) ou outros distúrbios que comprometem a capacidade do coração de manter um ritmo eficiente.

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