Como prevenir demência? Oxford indica 8 fatores de risco controláveis
Um estudo de Oxford destaca os fatores modificáveis que estão associados ao desenvolvimento da doença
O aumento alarmante da incidência de demência preocupa a Organização Mundial da Saúde (OMS), que projeta um crescimento de mais de 150% em casos da síndrome até 2050.
Com o envelhecimento da população, os diagnósticos de declínio cognitivo, majoritariamente pela doença de Alzheimer, se torna uma preocupação crescente. Mas como evitar esse cenário? A resposta pode estar nos hábitos cotidiano.
Estudo revela fatores de risco de demência
Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, se dedicaram a mapear quais são os fatores de risco mais significativos associados aos diagnósticos.
Os estudiosos descobriram que um significativo número de casos de demência estão associados aos hábitos modificáveis, mais precisamente 40%.
Publicado na revista científica BMJ Mental Health, o estudo analisou dados de dois estudos de longa duração, o UK Biobank e o Whitehall II Study, com 223,7 mil participantes entre 50 e 73 anos.
Como prevenir demência com mudanças no cotidiano?
Os pesquisadores examinaram 28 fatores de risco já estabelecidos para demência e sua relação com a incidência de novos casos da doença.
Foram descobertos 11 fatores que estão mais significantemente associados a um risco maior para a demência ao longo dos 14 anos seguintes.
Três deles – idade, diagnóstico dos pais e ser homem – não há como controlar, mas oito deles são modificáveis, o que indica a possibilidade de intervir para reduzir o risco.
A lista completa de fatores de risco modificáveis inclui:
- Parar de estudar;
- Ter diabetes;
- Histórico (ou situação atual) de depressão;
- Histórico de AVC;
- Classe socioeconômica mais baixa;
- Ter colesterol alto;
- Viver sozinho;
- Ter pressão alta.
Prevenir demência é possível
A partir desses fatores, os cientistas de Oxford desenvolveram uma pontuação de risco que pode ser utilizada para identificar aqueles mais vulneráveis à demência.
Segundo o principal autor do estudo, Raihaan Patel, esse conhecimento pode auxiliar no acompanhamento médico mais específico para essas pessoas.
Embora a pesquisa não sugira que a mudança nesses fatores de risco erradicará a demência, ela reafirma a noção de que a prevenção é possível em muitos casos.
O conhecimento desses fatores de risco pode ajudar os profissionais de saúde a identificar pessoas em maior risco e a desenvolver estratégias eficazes de intervenção.