Como roer as unhas pode destruir seus dentes e seu estômago

Roer as unhas é um comportamento bastante comum, chamado de onicofagia, que muitas vezes começa na infância e se torna automático em momentos de stress, ansiedade ou distração, funcionando como uma forma rápida de aliviar a tensão, apesar dos danos físicos, emocionais e sociais associados.

O que é onicofagia e quais são as suas principais consequências

Além de afetar a aparência das mãos, a onicofagia pode causar pequenas feridas nas cutículas, inflamações e maior risco de infeções. O contato constante com superfícies rígidas também pode desgastar dentes e gengivas, favorecendo dor, sensibilidade e fraturas.

Ao levar frequentemente os dedos à boca, aumenta-se o risco de ingestão de microrganismos, que podem desencadear gastroenterites e outras alterações digestivas. Em casos prolongados, o hábito pode provocar deformidades permanentes no leito ungueal, fazendo as unhas crescerem tortas, onduladas ou mais frágeis.

Quais são as principais causas da onicofagia

A onicofagia é um comportamento repetitivo focado no corpo, em que a pessoa rói unhas e pele ao redor, muitas vezes sem plena consciência do ato. Em crianças e adolescentes, costuma aparecer em fases de adaptação, como mudança de escola, chegada de irmãos ou períodos de maior cobrança.

As causas incluem ansiedade, stress, tédio, necessidade de ocupar as mãos e perfeccionismo em relação ao aspeto das unhas. Em alguns casos, está associada a transtornos de ansiedade ou a outros hábitos repetitivos, exigindo avaliação profissional.

Como deixar de roer as unhas na rotina diária

Para deixar de roer as unhas, pequenas mudanças no dia a dia são um primeiro passo importante. Manter as unhas curtas, limpas e bem cuidadas reduz pontas soltas que funcionam como gatilhos visuais e táteis para o hábito.

Serviços regulares de manicure, hidratação de cutículas e uso de lixa ajudam a remover falhas que estimulam o impulso de “acertar” a unha com os dentes. Cuidar da aparência das mãos aumenta a motivação para preservar o resultado e evitar recaídas.

Para entender melhor como aplicar esses cuidados no dia a dia e ver estratégias simples que ajudam a controlar o impulso de roer as unhas, o vídeo da criadora @secrets.nicolly apresenta dicas práticas que complementam essas orientações.

Quais são as estratégias comportamentais mais eficazes

Uma abordagem útil é encontrar substitutos para o gesto de levar os dedos à boca, direcionando a tensão para atividades manuais menos prejudiciais. Em momentos de ansiedade, ter um objeto nas mãos pode desviar o foco e quebrar o automatismo.

Algumas pessoas utilizam vernizes de sabor amargo ou recorrem a unhas postiças, de gel ou acrílicas, que dificultam o acesso à unha natural. Em quadros mais intensos, técnicas baseadas em terapia cognitivo-comportamental podem reforçar o controlo sobre o impulso.

Como usar esmaltes amargos para controlar o hábito de roer as unhas

Os esmaltes ou vernizes com sabor amargo são formulados para desencorajar o ato de levar as mãos à boca. O sabor desagradável faz a pessoa perceber o gesto automático e interromper o movimento antes de roer a unha, funcionando como barreira simples e acessível.

Geralmente incolores, podem ser usados por homens, mulheres e, com orientação, por crianças. O efeito é melhor quando o produto é combinado com estratégias emocionais e de autocontrolo, como identificação de gatilhos e definição de metas.

Para quem busca uma alternativa prática e acessível, o vídeo da criadora @auriolivais ensina passo a passo como preparar uma base amarga caseira, mostrando os ingredientes e a forma de aplicação. A demonstração complementa perfeitamente essas orientações, ajudando a transformar a técnica em parte da rotina de cuidados.

Quais técnicas de relaxamento ajudam a reduzir a ansiedade

Como a ansiedade é um dos principais gatilhos da onicofagia, incluir técnicas de relaxamento na rotina faz diferença. Exercícios de respiração profunda, como inspirar pelo nariz contando até quatro, segurar por quatro segundos e soltar pela boca até seis, reduzem a tensão em poucos minutos.

Também é útil reservar diariamente alguns minutos para meditação guiada ou relaxamento muscular progressivo. Essas práticas aumentam a consciência corporal, reduzem o stress acumulado e tornam o organismo menos reativo.

Quais estratégias ajudam a manter o foco e a motivação

Definir metas específicas e realistas facilita acompanhar a evolução e ajustar as estratégias. Para apoiar esse processo, algumas ações práticas podem ser organizadas em forma de rotina, servindo como guia para transformar a intenção em mudança concreta:

1. Cuidar das unhas regularmente: cortar com frequência, hidratar cutículas e lixar para remover irregularidades.
2. Reduzir gatilhos: evitar longos períodos de ócio com as mãos livres, sobretudo em situações de tensão.
3. Usar barreiras físicas: aplicar verniz amargo ou usar unhas postiças e adesivos, quando fizer sentido.
4. Substituir o hábito: manter objetos para apertar, amassar ou manipular sempre por perto.
5. Definir metas curtas: começar com alguns dias sem roer, registar o resultado e avançar gradualmente.
6. Buscar orientação profissional: em casos persistentes, considerar acompanhamento psicológico ou médico.
7. Contar com apoio social: envolver amigos e familiares, pedindo incentivos e lembretes gentis.