Como se proteger da infecção genital que atinge pelo menos 1 pessoa por segundo

Embora essa infecção seja comum, medidas preventivas eficazes podem reduzir significativamente o risco de transmissão

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
11/02/2025 13:33 / Atualizado em 12/02/2025 19:42

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que afeta uma em cada cinco pessoas entre 15 e 49 anos, totalizando aproximadamente 846 milhões de indivíduos nessa faixa etária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, globalmente, pelo menos uma pessoa por segundo contrai uma nova infecção por herpes genital, resultando em cerca de 42 milhões de novos casos anualmente.

O que é o herpes genital?

O herpes genital é causado pelo vírus herpes simplex (HSV), que possui dois tipos: HSV-1 e HSV-2. Embora o HSV-1 seja comumente associado a infecções orais, ele também pode causar herpes genital, especialmente devido à prática de sexo oral sem proteção.

O HSV-2 é tradicionalmente ligado às infecções genitais. A transmissão ocorre principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, mesmo que ela não apresente sintomas visíveis.

Cerca de 42 milhões de pessoas contraem anualmente herpes genital
Cerca de 42 milhões de pessoas contraem anualmente herpes genital - luismmolina/istock

Sintomas do herpes genital

Muitas pessoas com herpes genital podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas leves que passam despercebidos. Quando presentes, os sintomas incluem:

  • Feridas ou bolhas dolorosas na região genital ou anal;
  • Coceira ou formigamento nas áreas afetadas;
  • Dor ao urinar;
  • Sintomas semelhantes aos da gripe, como febre e inchaço dos gânglios linfáticos.

Após a infecção inicial, o vírus permanece no corpo em estado latente e pode reativar-se, causando recorrências. Fatores como estresse, infecções ou alterações hormonais podem desencadear novos surtos.

Como se proteger do herpes genital

  • Uso consistente de preservativos: o uso correto de preservativos de látex durante todas as formas de atividade sexual (vaginal, anal e oral) pode diminuir significativamente o risco de transmissão do HSV. No entanto, é importante notar que o vírus pode infectar áreas não cobertas pelo preservativo, portanto, a proteção não é absoluta.
  • Evitar contato sexual durante surtos: as lesões são altamente contagiosas. Abster-se de atividades sexuais enquanto houver sintomas visíveis ou sensação de formigamento que precede um surto pode ajudar a prevenir a transmissão.
  • Limitação do número de parceiros sexuais: reduzir o número de parceiros pode diminuir a exposição potencial ao HSV e outras ISTs.
  • Evitar o compartilhamento de objetos pessoais: não compartilhe itens que possam ter entrado em contato com saliva ou áreas genitais, como lâminas de barbear, toalhas ou utensílios.