Pesquisadores descobrem composto que pode curar alergias alimentares
O problema é que a substância não é palatável e possui um cheiro bem desagradável
Um grupo de cientistas nos EUA descobriu uma cura potencial para alergias alimentares, mas ainda têm um obstáculo a ser superado – o composto tem cheiro e gosto difíceis de ser encarados.
O tratamento é um composto bacteriano chamado butirato. Em estudo, esse complexo foi capaz de curar ratos de alergias ao amendoim, o que fez os pesquisadores acreditarem que a substância será eficaz contra todas as alergias e inflamações baseadas em alimentos.
O estudo identificou o butirato como uma bactéria-chave no microbioma do estômago que ajuda a manter o revestimento do intestino.
- 7 indícios de que você sofre de intolerância à lactose
- Alimentos que podem fazer você cheirar mal
- Câncer de intestino: alimento que todos tem em casa reduz risco da doença
- 5 alimentos que podem agravar a candidíase e como enfrentar a doença
Uma pessoa que não tem butirato no estômago permitirá que alimentos parcialmente digeridos sejam removidos do intestino, fazendo com que o sistema imunológico do corpo reaja.
Essa reação imune causa os sintomas que uma pessoa experimenta como resultado de uma reação alérgica.
O butirato desempenha um papel fundamental para garantir que o corpo também desenvolva tolerância aos alimentos. Pessoas com falta dele em seu microbioma não serão capazes de digerir adequadamente certos alimentos.
A bactéria pode ser administrada por via oral ou via transplante fecal. Desenvolver uma pílula que possa fornecê-la ao corpo é a forma mais viável de tratamento em casa.
O desafio é camuflar o cheiro, que foi comparado ao de cocô de cachorro e a de manteiga rançosa.
Para tenta resolver isso, a equipe de Chicago projetou um sistema de entrega usando um produto químico chamado butanoiloxietil metacrilamida que eles acreditam que pode ocultar o mau cheiro e sabor da droga e torná-la palatável para consumo.
Os resultados da pesquisa serão apresentados esta semana na reunião de outono de 2022 da American Chemical Society.