Conheça a doença que impede atriz da Netflix de enxergar cores

A atriz norte-americana Aria Mia Loberti, conhecida por seu papel de estreia em “Toda Luz que Não Podemos Ver”, série da Netflix, enxerga a vida em preto e branco. A rara visão monocromática é resultado de uma condição genética chamada acromatopsia.

A acromatopsia é uma doença ocular genética que afeta o funcionamento dos cones, as células responsáveis pela percepção das cores na retina do olho. A atriz da Netflix possui uma versão desta doença que a deixa com baixa visão e a impede de distinguir as cores.

O que a acromatopsia pode causar?

A doença, caracterizada pela ausência ou mau funcionamento das células fotorreceptoras, impede que seu portador identifique cores, enxergando tudo em tons de cinza.

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Além da falta de visão colorida, a acromatopsia também pode causar outros problemas de visão, incluindo sensibilidade extrema à luz (fotofobia), baixa acuidade visual e movimentos descontrolados dos olhos.

O diagnóstico geralmente ocorre quando a família percebe que a criança tem dificuldade em ver as cores. Então, é confirmado através de exames oculares mais extensos, que incluem testes de visão de cores e avaliação da função retiniana.

Infelizmente, ainda não há cura para a acromatopsia. No entanto, existem formas de gerenciar os sintomas. Elas podem incluir o uso de óculos especiais para reduzir a sensibilidade à luz e intervenções para melhorar a visão noturna.

O papel da atriz na série de sucesso da Netflix

Recentemente, Loberti conquistou um papel importante na indústria do entretenimento. Em “Toda a Luz que Não Podemos Ver”, série lançada em novembro de 2023, ela interpreta Marie-Laure, uma jovem francesa cega durante a Segunda Guerra Mundial.

Baseada no livro homônimo do escritor Anthony Doerr, a série tem direção de Shawn Levy. Em quatro episódios, a produção protagonizada por Loberti conta a história de dois jovens completamente diferentes que têm suas vidas transformadas com o início da guerra.

A produção, inclusive, acabou indicada ao Globo de Ouro 2024, na categoria melhor série limitada, antológica ou filme para TV. Mas a minissérie vencedora, por fim, foi a americana “Treta”, também da Netflix.

Para Loberti, os desafios que enfrentou devido à sua condição visual consequentemente apuraram suas habilidades como atriz e contadora de histórias.

“Eu e meus pais sempre lutamos para que eu pudesse ter acesso à educação e as oportunidades, mesmo com a deficiência. Aprendi a me defender com as palavras. Acho que ter que me defender desde muito jovem me incutiu que os atores e contadores de histórias têm muito poder”, relatou em uma entrevista à sua antiga universidade.