Conheça as cidades onde as pessoas são mais felizes, segundo estudo

Essas cidades nos mostram que o caminho para a felicidade coletiva começa no espaço em que vivemos

22/06/2025 19:00

Em um mundo cada vez mais urbano e acelerado, encontrar um lugar onde as pessoas realmente vivem bem tornou-se uma busca global. O Relatório Mundial da Felicidade, elaborado anualmente pela ONU, revelou em sua edição de 2025 as cidades onde os moradores se sentem mais satisfeitos com a vida, e os motivos são mais práticos do que se imagina.

De Helsinque, na Finlândia, a Wellington, na Nova Zelândia, essas cidades lideram os rankings por uma combinação de bem-estar social, segurança, acesso a serviços públicos e planejamento urbano eficaz. O relatório avalia dados de centenas de cidades e países, cruzando informações sobre saúde, renda, apoio social, liberdade, generosidade e percepção de corrupção.

O que define uma cidade feliz?

A felicidade urbana vai muito além do PIB. Ela é medida tanto por indicadores objetivos — como expectativa de vida, qualidade da educação e serviços de saúde — quanto por percepções subjetivas, como o sentimento de pertencimento, confiança nas instituições e liberdade pessoal.

Esses critérios ajudam a entender por que cidades como Copenhague (Dinamarca), Estocolmo (Suécia) e Zurique (Suíça) se destacam ano após ano. Elas não apenas oferecem infraestrutura de ponta, mas também estimulam a convivência, a sustentabilidade e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Vista panorâmica da cidade de Helsinki, na Finlândia
Vista panorâmica da cidade de Helsinki, na Finlândia - bloodua/istock

Fatores que influenciam o bem-estar nas cidades

As cidades mais bem colocadas no ranking global de felicidade compartilham algumas características fundamentais que impactam diretamente a vida dos cidadãos:

  • Segurança pública: baixos índices de criminalidade promovem tranquilidade e liberdade para circular nas ruas.
  • Serviços de saúde e educação de qualidade: asseguram o desenvolvimento pessoal e coletivo.
  • Espaços verdes: parques e áreas naturais oferecem lazer e ajudam a reduzir o estresse.
  • Transporte público eficiente: garante mobilidade com conforto e menos poluição.
  • Participação social ativa: moradores engajados fortalecem o senso de comunidade e colaboram com decisões locais.

Além disso, essas cidades investem em políticas inclusivas e de acessibilidade, garantindo que diferentes grupos sociais tenham acesso às mesmas oportunidades de crescimento e bem-estar.

Por que Helsinque e Wellington lideram o ranking de 2025?

Helsinque, capital da Finlândia, mais uma vez ocupa o topo do ranking graças à sua forte rede de apoio social, baixa desigualdade, qualidade dos serviços públicos e investimento em educação. A cidade se destaca também por seu alto grau de confiança nas instituições e por oferecer jornadas de trabalho equilibradas, que priorizam a saúde mental.

Já Wellington, na Nova Zelândia, chama atenção pelo acesso facilitado à natureza, baixa criminalidade e cultura de valorização do tempo livre. Seus moradores desfrutam de excelente qualidade do ar, políticas de habitação acessível e incentivo à participação comunitária, fatores que, juntos, constroem uma sensação geral de bem-estar duradouro.

Como os dados são medidos?

O Relatório Mundial da Felicidade usa uma escala de 0 a 10 para medir a felicidade percebida pelos cidadãos. Essa métrica é construída a partir de pesquisas de opinião aplicadas em larga escala, além da análise de indicadores socioeconômicos como renda, segurança, educação e expectativa de vida.

Os levantamentos utilizam métodos qualitativos e quantitativos para capturar nuances importantes sobre a satisfação com a vida nas cidades. Essa abordagem permite não apenas comparações entre países, mas também a identificação de políticas públicas eficazes que podem ser replicadas em outras regiões.

Zurique também aparece no ranking de cidades mais felizes do mundo
Zurique também aparece no ranking de cidades mais felizes do mundo - borisov/iStock

O que podemos aprender com essas cidades?

Apesar das diferenças culturais e econômicas, as cidades mais felizes do mundo têm algo em comum: elas priorizam as pessoas em seu planejamento urbano. Investem em políticas sociais sólidas, estimulam o convívio coletivo e garantem acesso igualitário aos recursos.

Além disso, demonstram que qualidade de vida não se resume a poder de compra. A verdadeira felicidade urbana depende de ações coordenadas que promovam inclusão, segurança, bem-estar mental e equilíbrio entre trabalho e lazer.