Consumo de mineral pode estar associado a câncer, diz estudo

Pesquisadores buscam entender impacto do consumo de mineral no eventual desenvolvimento de câncer

Consumo de carne vermelha e processada, batatas, doces e laticínios com alto teor de gordura aumentou o risco de câncer de mama em 14% – iStock/Getty Images
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Consumo de carne vermelha e processada, batatas, doces e laticínios com alto teor de gordura aumentou o risco de câncer de mama em 14% – iStock/Getty Images

Pesquisadores investigam possível impacto do consumo de fosfato no desenvolvimento do câncer  de mama. De acordo com o estudo, publicado na revista Nutrients, o nível mais baixo de ingestão de fosfato (800-1000 mg) reduziria o risco relativo de câncer de mama em comparação com níveis mais elevados do mineral na dieta (>1800 mg).

Além disso,  eles avaliaram se a maior ingestão de fosfato na dieta estava associada à toxicidade induzida por fosfato e à mortalidade por todas as causas.

O impacto de uma alimentação pobre em nutrientes é objeto de uma série de experimentos ao longo dos últimos anos. Recentemente, uma meta-análise descobriu que um padrão alimentar ocidental rico em carne vermelha e processada, batatas, doces e laticínios com alto teor de gordura aumentou o risco de câncer de mama em 14%.

Por outro lado, uma dieta contendo frutas, vegetais, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura e peixe reduziu o risco de câncer de mama em 18%.

Neste último padrão alimentar predominam os alimentos vegetais, que apresentam menor biodisponibilidade de fosfato do que os alimentos de origem animal.

A maior parte do fosfato na dieta é obtida a partir de alimentos ricos em proteínas, como carne, peixe e laticínios. Alguns exemplos são:

  • carne bovina
  • carne de porco
  • carnes processadas
  • frango e outros tipos de carne
  • leite
  • queijo
  • iogurte
  • ovos
  • amêndoas
  • nozes
  • amendoim
  • linhaça
  • sementes de abóbora
  • sementes de girassol
  • aveia
  • arroz integral
  • pão integral
  • refrigerante
  • biscoito

Mineral aumenta chance de câncer?

Para entender possível relação das evidências observadas, os pesquisadores analisaram dados de 3.302 mulheres americanas multiétnicas com idades entre 42 e 52 anos que estavam na pré-menopausa.

A equipe comparou cada caso de câncer de mama com quatro controles pareados por idade, totalizando 296 mulheres com idades entre 42 e 52 anos no grupo de controle do estudo.

Além disso, a equipe mediu a incidência da doença entre grupos expostos e não expostos ao fosfato.

A principal conclusão do estudo foi que a exposição a >1.800 mg de fosfato aumentou o risco relativo de incidência de câncer de mama em 2,30 em comparação com o nível mais baixo de ingestão do mineral recomendado para tratar a doença renal crônica (DRC). Apesar das evidências, os autores afirmam que são necessários mais estudos com grupos maiores.