Consumo desta bebida pode retardar o envelhecimento, sugere estudo

Em meio à pulsante produção da indústria estética, que se debruça em busca de soluções e novos tratamentos rejuvenescedores, um estudo científico publicado pela revista científica The Lancet Regional Health revelou uma alternativa bem mais simples e acessível: o consumo regular de chá pode contribuir para o retardo processo de envelhecimento. 

Para isso, acreditam os especialistas, bastam três xícaras de chá preto ou verde. De acordo com os resultados, o estudo concluiu que o ritmo de envelhecimento foi reduzido em todas as pessoas que consumiram a infusão durante o acompanhamento médio de dois anos.  

Segundo os pesquisadores, a presença de substâncias benéficas encontradas no chá preto e verde  podem “influenciar positivamente o envelhecimento” uma vez que suas propriedades reduzem os danos celulares e promovem o bom funcionamento prolongado dos órgãos do corpo.

O estudo permitiu concluir que os maiores benefícios do consumo de chá eram em indivíduos que mantinham este hábito consistentemente. A boa notícia, no entanto, é que a ingestão da bebida contribuiu para melhora da saúde até de quem não tem o hábito de consumir o chá. 

Efeitos da bebida que retarda o envelhecimento

A explicação para esses possíveis efeitos reside na composição do chá. A bebida é rica em polifenóis, antioxidantes muito potentes que também desempenham um papel na proteção contra várias doenças, incluindo cânceres e males neurodegenerativos, como demência. “Foi relatado que os polifenóis modulam a microbiota intestinal, o que pode ter um efeito importante na regulação das mudanças relacionadas à idade na imunidade, no metabolismo e na função cognitiva”, comentou Yi Xiang, da Universidade de Sichuan (China), um dos autores do estudo.

Além dos polifenóis, o chá também contém outras substâncias bioativas, como teanina e cafeína. O estudo acrescenta evidências a pesquisas anteriores que já haviam relacionado o consumo de chá à redução de riscos de doenças como diabetes e problemas cardíacos.

Apesar dos resultados promissores, ainda são necessários mais estudos para confirmar as descobertas. Isso porque outros fatores, como a dieta e o estilo de vida dos participantes, podem ter influenciado nos resultados.