CoronaVac adaptada para Ômicron já tem previsão de lançamento

Versão atualizada da vacina já está em estudo e passará em breve por ensaio clínico

07/12/2021 15:27

A  farmacêutica chinesa Sinovac informou nesta terça-feira, 7, que já tem uma previsão de quando terá uma versão da CoronaVac adaptada para a variante Ômicron, do coronavírus.

Em um simpósio organizado pelo Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil, a vice-presidente da empresa, Yalling Hu, disse que o desenvolvimento da nova vacina deve ser concluído em até três meses.

 Sinovac anuncia que CoronaVac adaptada para a Ômicron deve estar pronta em até três meses
 Sinovac anuncia que CoronaVac adaptada para a Ômicron deve estar pronta em até três meses - divulgação/Instituto Butantan

Segundo Yalling Hu, a capacidade de produção da nova versão da vacina será de entre “1.000 milhão e 1.500 milhão de doses por ano”.

Neste momento, a Sinovac tem se dedicado a isolar o vírus, partindo de amostras de pacientes de Hong Kong com a variante. A próxima etapa é a realização de um ensaio clínico para examinar a eficácia do imunizante

A previsão é que todo esse processo leve pelo menos três meses, terminando em fevereiro de 2022.

“A mutação é bastante instável no momento e ainda estamos trabalhando na neutralização cruzada da atividade causada pelo coronavírus”, explicou Yalling Hu. “Acho que em um futuro próximo vamos precisar de mais trabalho para avaliar a eficácia das vacinas contra esta variante e, talvez, ir mais além para avaliar a cobertura da vacina que temos hoje”, complementou ela.

Nova CoronaVac ainda será submetida a um ensaio clínico
Nova CoronaVac ainda será submetida a um ensaio clínico - DoctorEgg/istock

Vacinas atuais em dúvida

Ainda não há estudos consistentes sobre a eficácia das vacinas atuais contra a variante Ômicron.

Os dados preliminares de estudo ainda em desenvolvimento feito pela Agência de Segurança e Saúde britânica sugere que as vacinas contra a covid-19 não protegem totalmente contra a Ômicron, mas a amostra estudada ainda é muito pequena. A pesquisa se baseia em um levantamento feito em um grupo de 22 pessoas.

Apesar disso, o que tem se observado até agora é que a variante, embora mais transmissível, parece não provocar casos graves. Nenhum óbito associado a ela foi registrado.