Crescem os casos de câncer de boca entre jovens; veja as causas
Sem considerar o câncer de pele, o câncer de boca figura como o quinto tumor mais frequente entre homens; saiba como prevenir
O câncer de boca tem atingido índices alarmantes entre a população com menos de 45 anos, segundo estudos. Historiadores médicos assinalam que, enquanto nas décadas de 1970 e 1980, a incidência dessa doença oscilava em torno de 3% a 5%, hoje em dia, esse número saltou para 10%.
A tendência suscita questionamentos sobre suas causas, especialmente em pacientes que não possuem hábitos de consumo de tabaco ou álcool.
O que pode causar o câncer de boca?
Estudos sugerem que pessoas com doenças periodontais crônicas são até cinco vezes mais propensas a desenvolver câncer bucal, possivelmente devido a alterações na flora bacteriana da boca. O fato foi corroborado por pesquisadores chineses que observaram maior diversidade bacteriana em tecidos tumorais comparados aos tecidos saudáveis.
Sem considerar o câncer de pele não melanótico, o câncer de boca figura como o quinto tumor mais frequente entre homens, gerando cerca de 11 mil novos casos anualmente.
O principal fator de risco continua sendo o tabagismo, seguido de perto pela infecção por HPV. Em situações menos comuns, próteses dentárias mal adaptadas também podem desencadear essa enfermidade.
Qual o primeiro sinal de câncer na boca?
O primeiro sinal de câncer na boca pode variar, mas frequentemente se manifesta como uma ferida persistente no lábio, bochecha, língua e soalho bucal, que não cicatriza.
Aftas que se curam num espaço de uma semana diferem dessas lesões, que podem indicar fases precoces do câncer de boca.
Nestes casos, cerca de 80% podem ser completamente curados se tratados prontamente com cirurgia e radioterapia, acrescentando-se quimioterapia nas etapas mais avançadas da doença. Portanto, procure um médico o quanto antes caso a ferida não feche em duas semanas.
Aqui estão outros sinais comuns de câncer de boca a serem observados:
- Ferida ou úlcera persistente:uma lesão ou úlcera na boca, língua, gengivas ou lábios que não cicatriza em duas semanas.
- Manchas vermelhas ou brancas: áreas vermelhas (eritroplasia) ou brancas (leucoplasia) na boca ou na garganta que não desaparecem.
- Nódulos ou inchaços: presença de nódulos, espessamento ou inchaços em qualquer parte da boca, incluindo as gengivas, bochechas ou palato.
- Dor: dor persistente na boca ou na garganta que pode irradiar para a orelha.
- Dificuldade para mastigar ou engolir: sensação de que algo está preso na garganta ou dificuldade para mover a mandíbula ou a língua.
- Sangramento inexplicável: sangramento na boca sem uma causa aparente, como lesões.
- Mudanças na voz: rouquidão ou outras alterações na voz.
- Dormência ou sensação de formigamento: sensação de dormência ou formigamento na língua ou em outras áreas da boca.
- Perda de dentes sem explicação: dentes que se soltam ou caem sem uma razão aparente.
Se você ou alguém que você conhece está apresentando algum desses sintomas, é crucial procurar um médico para uma avaliação completa.
Como evitar desenvolver a doença?
- Não fumar, incluindo o uso de cigarros eletrônicos;
- Moderar o consumo de álcool;
- Manter uma boa higiene bucal e dieta balanceada;
- Visitas regulares ao dentista.
Atitudes como estas são decisivas não apenas para detectar o câncer de boca em estágios iniciais, mas também para implementar um tratamento eficaz, aumentando significativamente as chances de cura.