Condição rara: criança sofre com síndrome do cabelo impenteável

Taylor é uma das cerca de 100 pessoas no mundo todo que têm essa característica genética rara

18/06/2018 18:03 / Atualizado em 05/05/2020 10:51

Síndrome é resultado de uma mutação que provoca uma desordem relacionada ao cromossomo X
Síndrome é resultado de uma mutação que provoca uma desordem relacionada ao cromossomo X

A pequena Taylor McGowan, de 1 ano e 7 meses, é uma das poucas crianças do mundo que sofre da chamada síndrome do cabelo impenteável, uma condição rara que faz com que os cabelos dela fiquem sempre de pé.

De acordo com a mãe de Taylor, a norte-americana Cara McGowan, os esforços para escovar e baixar o cabelo da menina são em vão, e o visual já rendeu a ela o apelido de mini Einstein. “No começo, pensamos em colocar um pouco de água e penteá-lo, mas não adiantou. Tentei gel de aloe vera e vários tipos de produtos, como spray, gel, mousse, mas sem sucesso”, disse a mãe da criança ao jornal Fox News.

Alteração genética

Taylor é uma das cerca de 100 pessoas no mundo todo que têm essa característica genética, de acordo com os registros da literatura médica. A condição faz com que cresçam fios finos, frisados e esvoaçantes em diferentes direções.

A condição, também chamada de síndrome do cabelo de vidro, é o resultado de uma mutação genética que provoca uma desordem relacionada ao cromossomo X, sendo mais comum em homens, e transmitida geneticamente.

De acordo com um estudo publicado em 2016 no American Journal of Human Genetics, a síndrome do cabelo impenteável acontece quando uma criança herda duas cópias do gene mutante.

Condição faz com que o cabelo seja mais fino e cresça mais lentamente
Condição faz com que o cabelo seja mais fino e cresça mais lentamente

Para ter certeza da condição da filha, a mãe da menina procurou a autora do estudo e enviou amostras de sangue para serem analisadas. O resultado apontou que, de fato, Taylor tem a mutação e que os pais, são portadores de uma cópia do gene.

A condição é facilmente identificada na infância, mas tende a melhorar com a idade. As pessoas com essa síndrome costumam ter cabelos loiros ou cor de palha que podem crescer mais lentamente do que o normal.

Os pais de Taylor já tentaram de tudo, mas o cabelo de Taylor continua espetado
Os pais de Taylor já tentaram de tudo, mas o cabelo de Taylor continua espetado

Para tornar a síndrome mais conhecida, a mãe de Taylor administra uma página no Facebook (Baby Einstein 2.0) onde mostra a rotina da filha. A ideia dela é falar de belezas diferentes e lutar contra o bullying.

Leia também: