Dengue cresce 40% em 2 semanas. Aprenda a identificar rapidamente

Informação do Ministério da Saúde: o Brasil já registra pelo menos 322 mil casos de dengue.

É um crescimento de 40% em duas semanas.

Em algumas regiões, já virou epidemia.

Na comparação com o ano passado, o crescimento é de 303%.

Isso significa mudança de curva.

Depois de três anos com casos em queda, voltou a crescer a disseminação da doença.

Em novo avanço da dengue, o país já soma ao menos 322 mil casos da doença, de acordo com novo balanço do Ministério da Saúde. Já a incidência atual de dengue, parâmetro que considera o volume de casos pela população, é de 154,5 casos por 100 mil habitantes, tida como moderada.

Os dados, que contabilizam atendimentos até 30 de março, representam um aumento de 40% no total de registros em duas semanas –para comparação, em 16 de março, haviam 229 mil casos.

Já em relação ao mesmo período do último ano, o crescimento é de 303% —o que indica que, após quase três anos com casos em queda, há uma retomada de um crescimento na transmissão da doença em diferentes regiões do país.

Sudeste lidera com 213 mil casos ou 66% dos registros; depois, Centro-Oeste, com 56 mil casos.

Se o adulto adoentado já sofre com os sintomas, uma criança então sofre ainda mais.

“A dengue na criança pode começar com um quadro de síndrome febril com sinais de fraqueza, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos e diarreia. Os sintomas podem ainda regredir alguns dias depois de aparecerem deixando uma falsa impressão de melhora para os pais do pequeno, mas o quadro clínico depois pode voltar a piorar”, alerta o pediatra e neonatologista, Dr. Jorge Huberman.

Existe ainda uma forma mais grave da doença, a dengue hemorrágica. Ela acontece quando a pessoa já foi infectada anteriormente por um tipo diferente do vírus. “Na dengue hemorrágica os sintomas são mais intensos. Podem acontecer hemorragias nasais, gengivais, urinárias e gastrointestinais. Há também ocorrências raras em que a  pressão arterial baixa tanto que pode levar a um choque e até a morte”,explica o pediatra.

Dr. Jorge dá algumas dicas aos pais: “Não medique seu filho antes de consultar o médico, deixei ele em repouso e, o mais importante, combata os focos de acúmulo de água na sua residência. A dengue não é contagiosa e, para se infectar, a criança precisa ter sido picada pelo mosquito hospedeiro da doença, o Aedes aegypti”,completa o médico.