Depressão: atividade física pode ser opção de tratamento para a doença

Atividade física ou antidepressivos, qual é o método mais eficaz?

20/01/2024 07:01

Prática de atividades físicas está relacionada à melhora no tratamento contra a depressão – iStock/Getty Images
Prática de atividades físicas está relacionada à melhora no tratamento contra a depressão – iStock/Getty Images - Charday Penn/istock

Com impacto direto na qualidade de vida das pessoas, a saúde mental é um tema de destaque nos debates dos dias atuais. Em busca de respostas para potenciais tratamentos e terapias que possam ajudar a mitigar os danos causados por doenças como depressão e ansiedade, uma questão crucial continua a intrigar especialistas: atividade física ou antidepressivos, qual é o método mais eficaz?

Resultados de um estudo divulgado pela Universidade Vrije, na Holanda, levantou algumas questões sobre esse dilema. Para isso, a pesquisa envolveu 141 pacientes diagnosticados com depressão, ansiedade ou ambas as condições.

Desses participantes, 45 escolheram o tratamento com antidepressivos, enquanto 96 optaram pela atividade física, especialmente a corrida, como sua estratégia terapêutica.

Impactos da atividade física no tratamento da depressão

Os resultados apresentados revelaram benefícios semelhantes para a saúde mental em ambos os grupos, com 44% dos participantes experimentando uma redução nos sintomas de depressão e/ou ansiedade ao final do estudo. No entanto, uma diferença significativa surgiu nos impactos físicos das duas abordagens.

Enquanto os adeptos da corrida mostraram melhorias notáveis em indicadores como peso, circunferência da cintura, pressão arterial e função cardíaca, o grupo que utilizou antidepressivos apresentou uma pequena tendência à piora nesses aspectos.

Atividade física e antidepressivos, eis a questão

Esses resultados destacam a relevância das estratégias baseadas em atividade física no tratamento de problemas de saúde mental. No entanto, a decisão entre atividade física e antidepressivos não é simples e deve levar em consideração vários fatores individuais, incluindo a adesão ao tratamento, que foi mais alta entre os pacientes que optaram pelos antidepressivos, e a gravidade dos sintomas apresentados.