Descoberta atividade manual com efeitos são semelhantes aos da meditação

Você pode até começar a tricotar com a intenção de fazer um cachecol ou um suéter, mas o que está realmente construindo vai muito além das peças de lã: você está tecendo um cérebro mais forte, saudável e resiliente. Pesquisas mostram que o tricô oferece uma série de benefícios cognitivos, emocionais e neurológicos, com efeitos semelhantes aos da meditação. 

• Ao seguir padrões, contar pontos e memorizar sequências, o que acontece é um verdadeiro treino para a memória.
• Essa atividade fortalece as vias neurais e pode melhorar a capacidade de lembrar informações em outros aspectos da vida.
• A prática regular também desafia o cérebro com novas técnicas e padrões, favorecendo o crescimento cognitivo contínuo.

E quando a pessoa percebe que o molde está errado é que se inicia a sessão de ginástica mental. Resolver erros, adaptar instruções e tomar decisões criativas envolve pensamento crítico e habilidades de resolução de problemas. Esse tipo de desafio cognitivo constante mantém o cérebro ativo e afiado, especialmente na maturidade.

Além de tudo isso, tricotar exige movimentos finos e coordenados entre mãos, olhos e mente. Isso estimula a coordenação motora, promovendo agilidade e destreza, o que é particularmente importante com o avanço da idade. 

Tricô e saúde mental: alívio do estresse e atenção plena

O lado zen do tricô é um dos seus maiores atrativos. O movimento rítmico das agulhas e do fio tem um efeito calmante no corpo e na mente, semelhante ao da meditação. Estudos demonstram que atividades como tricô reduzem os níveis de cortisol, a pressão arterial e a frequência cardíaca, promovendo relaxamento profundo.

A concentração exigida para contar pontos e seguir um padrão ajuda a desviar o foco de pensamentos negativos, tornando o tricô um excelente aliado contra ansiedade e tristeza. É uma forma eficaz de meditação ativa, mantendo a mente focada no presente e promovendo bem-estar emocional.

Neuroplasticidade: tecendo novos caminhos no cérebro

Tricotar ativa simultaneamente áreas responsáveis por memória, coordenação, visão espacial e criatividade. Essa combinação cria um ambiente ideal para o fortalecimento da neuroplasticidade, favorecendo o desenvolvimento de novas conexões cerebrais e até mesmo protegendo contra o declínio cognitivo.

Um estudo publicado no Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences revelou que idosos que praticavam atividades manuais como tricô tinham menor risco de desenvolver comprometimento cognitivo leve e perda de memória.