Descoberta inesperada sobre o que excesso de proteínas pode causar

Entenda como o excesso de proteínas afeta a saúde e aumenta o risco de doenças, segundo novo estudo estadunidense

Pesquisa revela que excesso de proteína pode prejudicar a saúde
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Pesquisa revela que excesso de proteína pode prejudicar a saúde

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia  (EUA), e divulgada na renomada Nature Metabolism alerta para os riscos do consumo excessivo de proteínas.

O nutriente é essencial para funções corpóreas variadas, desde o ganho de massa muscular até o aumento da saciedade, auxiliando no processo de emagrecimento.

A fim de obter dados conclusivos, a pesquisa somou estudos clínicos em humanos e experimentos com ratos. Especialistas destacam a importância de uma alimentação equilibrada e do acompanhamento profissional.

O que o excesso de proteínas pode causar no corpo?

De acordo com o estudo, dietas que ultrapassam 22% de proteína podem elevar de forma significativa o risco de aterosclerose, abrindo portas para doenças cardiovasculares devastadoras.

A aterosclerose é um problema cardiovascular causado pelo acúmulo de placas de gordura e colesterol na parede das artérias, causando a redução do fluxo sanguíneo e possivelmente contribuindo para o infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Segundo a pesquisa, há mais além do que o simples acúmulo de gordura. O aminoácido leucina, encontrado somente em carnes e essencial para a dieta humana, pode impulsionar o desenvolvimento e agravamento da aterosclerose.

Esse consumo excessivo de leucina é atingido em refeições com alto teor de proteína, com mais de 25 gramas por refeição

Então, como seria a dieta ideal?

Com uma abordagem individualizada, considerando fatores como idade, peso, gênero e atividades físicas, é possível estabelecer um plano alimentar que respeite as necessidades de cada um.

Uma dieta brasileira tradicional – balanceada entre arroz, feijão, salada, e carne – pode ser um modelo de referência, apesar do desafio imposto pela falta de acesso à proteína de qualidade por parte da população mais carente.

Vale destacar que, antes de iniciar qualquer mudança dietética com o objetivo de perda de peso ou melhora na qualidade de vida, é essencial buscar o acompanhamento de um nutricionista.

Somente um profissional é capaz de avaliar, de forma abrangente, o perfil metabólico e genético do indivíduo, garantindo a prescrição de uma dieta verdadeiramente adequada e segura.

Dieta brasileira tradicional pode ser um modelo de referência
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Dieta brasileira tradicional pode ser um modelo de referência

Quais são os sintomas de excesso de proteína?

  • O excesso de proteínas pode aumentar o risco de doenças cardíacas, como aterosclerose e hipertensão;
  • O alto consumo de proteínas pode sobrecarregar os rins, levando à formação de pedras nos rins, o que pode causar dor intensa e problemas urinários;
  • Embora as proteínas sejam essenciais para a construção muscular, o excesso pode resultar em ganho de peso indesejado devido ao excesso de calorias;
  • Uma sobrecarga de proteínas pode colocar estresse adicional no fígado, levando a complicações hepáticas.

Para evitar essas complicações, é fundamental praticar moderação no consumo de proteínas e conhecer a quantidade ideal para suas necessidades individuais. 

Qual a quantidade máxima de proteína por dia?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quem não pratica atividades físicas deve ingerir, em média, 0,8 gramas de proteínas por peso corporal.

Por exemplo, uma pessoa que pesa 70 quilos pode precisar de aproximadamente 56 gramas de proteína por dia.

No entanto, como mencionado anteriormente, é preciso consultar um profissional. Pois a quantidade máxima de proteína por dia pode variar dependendo de vários fatores, incluindo idade, sexo, peso e nível de atividade.