Descoberto hábito que aumenta risco de Alzheimer e AVC

Essa associação tem recebido atenção científica crescente nas últimas décadas

O sono é uma parte importante de nossa rotina diária e tem um papel significativo em nossas condições de saúde física e mental. Um estudo recente mostrou que as pessoas que passam menos tempo em sono profundo podem ter maior probabilidade de sofrer um derrame, doença de Alzheimer e declínio cognitivo.

A nova pesquisa foi publicada na Neurology, a revista médica da Academia Americana de Neurologia.

Falta de sono profundo pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e Alzheimer
Créditos: haydenbird/istock
Falta de sono profundo pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e Alzheimer

Embora o estudo não prove que a apneia do sono pode causar alterações no cérebro, ele mostra uma associação.

A apneia do sono é um distúrbio do sono potencialmente grave no qual a respiração para e recomeça repetidamente. Existe a possibilidade de que, se a pessoa roncar alto e se sentir cansada mesmo depois de uma noite inteira de descanso, ela pode ter apneia do sono.

Detalhes do estudo

O estudo envolveu 140 pessoas com apneia obstrutiva do sono com 73 anos sendo a idade média dos participantes. Os participantes não tinham problemas cognitivos no início do estudo e também não desenvolveram demência. Um total de 34% tinha apneia do sono leve, 32% moderada e 34% grave.

Os pesquisadores examinaram quanto tempo as pessoas passaram no estágio de sono profundo, que é considerado o melhor marcador para a qualidade do sono.

Verificou-se que as pessoas com apneia do sono grave tinham um volume maior de hiperintensidades da substância branca do que aquelas com apneia do sono leve ou moderada. Eles também reduziram a integridade axonal, que conecta as células nervosas no cérebro.

As hipersensibilidades da substância branca são pequenas lesões visíveis em exames cerebrais. O sono é um biomarcador da saúde da substância branca do cérebro, que é uma região importante para conectar diferentes partes do cérebro.

Os pesquisadores levaram em consideração idade, sexo e condições que poderiam afetar o risco de alterações cerebrais, como pressão alta e colesterol alto.