Descubra o que está por trás da síndrome de fim de ano
Esse fenômeno é cada vez mais frequente; veja como o yoga pode ajudar
Com a chegada de dezembro, é comum que muitas pessoas percebam um aumento repentino de ansiedade, irritação e sensação de urgência. Esse conjunto de emoções e comportamentos vem sendo chamado de “síndrome de fim de ano”, também conhecida como dezembrite.
Esse fenômeno é cada vez mais frequente, impulsionado pelo excesso de demandas, pelo acúmulo emocional e pelas cobranças sociais típicas desse período.

Segundo o professor Ravi Kaiut, especialista no Método Kaiut Yoga, compreender melhor essa dinâmica é fundamental para lidar com ela de forma mais consciente e reduzir seus impactos diretos na saúde mental. Ao reconhecer os gatilhos e buscar práticas que promovam equilíbrio, como o próprio yoga, é possível atravessar essa fase com mais serenidade e bem-estar.
“O corpo e o sistema nervoso chegam ao final do ano exaustos e ainda são submetidos a uma avalanche de sentimentos típicos deste período. O yoga ajuda a reorganizar essa energia e devolver equilíbrio”, explica Ravi.
A síndrome de fim de ano
A síndrome de fim de ano não é necessariamente uma condição clínica, mas representa um conjunto de efeitos reais: dificuldade de concentração, queda na qualidade do sono, tensão muscular, lapsos de memória, irritabilidade e sensação de que o tempo é insuficiente.
Esse ciclo se intensifica porque dezembro marca o fechamento simbólico de etapas. Metas não cumpridas, decisões adiadas e preocupações acumuladas se concentram no mesmo período em que as agendas ficam lotadas com eventos, compras e obrigações familiares.
Nesse contexto, o yoga se destaca não apenas pela redução imediata do estresse, mas pela ação fisiológica que exerce sobre o sistema nervoso. A prática reduz a ativação do eixo do estresse, melhora a variabilidade cardíaca e libera padrões profundos de tensão física.
Yoga a favor da saúde mensal
Apesar dos diversos benefícios conhecidos do yoga para a saúde física, como melhora da circulação, mobilidade e longevidade saudável, Ravi Kaiut explica que a prática correta atua diretamente no processo que gera ansiedade e ajuda a combatê-la.
“O cérebro fica hiperestimulado quando existe acúmulo emocional. O yoga trabalha o corpo para que o sistema nervoso volte a um estado regulado. Não é sobre relaxar a mente de forma abstrata, é sobre reorganizar o corpo para que a mente possa acompanhar.”
A respiração também é uma ferramenta fundamental para cuidar da saúde mental, por isso, existem algumas técnicas de pranayama, bastante utilizadas no yoga milenar, para desaceleração modulam o nervo vago, diminuem o cortisol e favorecem a sensação de presença.
“Essa combinação de estímulos cria uma proteção mental necessária para atravessar o período de sobrecarga emocional. O yoga devolve eficiência ao organismo e quando o corpo funciona melhor, a mente responde melhor ao estresse”, alerta.