Determinado tipo de personalidade tem menos chance de demência

Estudo realizado com mais de 40 mil pessoas nos EUA faz importante revelação sobre a doença

04/05/2024 12:31

Prática de exercícios físicos produz reações químicas capazes de deixar as pessoas mais felizes – iStock/Getty Images
Prática de exercícios físicos produz reações químicas capazes de deixar as pessoas mais felizes – iStock/Getty Images

Em meio à busca constante por respostas que ajudem a compreender a demência, um estudo recente realizado nos Estados Unidos descobriu uma considerável relação entre características da personalidade e o risco de desenvolvimento do distúrbio cognitivo. 

É  o que mostra investigação conduzida por pesquisadores da Universidade de Northwestern e Universidade da Califórnia, ao revelar que uma visão mais positiva e prudente de vida cria uma espécie de proteção contra a doença. 

Da mesma forma que o experimento, publicado na revista Alzheimer’s and Dementia, destaca que aquelas pessoas com traços de personalidade neurótica ou negativa estão mais expostas ao declínio das habilidades mentais.

Segundo os cientistas, a relação reside na forma como as pessoas mais positivas são capazes de lidar com deficiências ligadas à demência, e não com danos reais ao cérebro. Além disso, o estudo associou pessoas mais felizes a maior probabilidade de comer bem e cuidar da saúde, o que resulta em uma saúde melhor a longo prazo.

Personalidade x demência: Como foi feito o estudo?

O estudo analisou dados de mais de 44 mil pessoas, 1.703 das quais desenvolveram demência. Eles analisaram cinco traços de personalidade: consciência, extroversão, abertura à experiência, neuroticismo e agradabilidade, juntamente com bem-estar subjetivo, afeto positivo e negativo e satisfação com a vida.

Para entender a possível relação, eles compararam essas características com sintomas clínicos de demência, como desempenho em testes cognitivos e patologia cerebral na autópsia.

De acordo com os autores do estudo, se essas ligações se mantiverem, direcionar os traços de personalidade para a mudança em intervenções mais precoces na vida poderia ser uma forma de reduzir o risco de demência a longo prazo.