Uma em cada quatro pessoas pode sofrer um AVC, mas 90% dos casos são evitáveis
Organização Mundial da Saúde alerta para a doença, uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo
No Dia Mundial do AVC, lembrado neste domingo, 29, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a importância da prevenção da doença. Um em cada quatro pessoas com mais de 35 anos vai sofrer um acidente vascular cerebral em algum momento da vida, e 90% desses casos poderiam ser evitados por meio do controle de fatores de risco, como hipertensão, tabagismo, dieta e atividade física.
O AVC, popularmente conhecido como derrame, é uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo. A doença ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, o que pode levar à morte de células cerebrais.
Os sinais incomuns de AVC
Poucos sabem, mas um derrame pode levar a alterações na visão, com embaçamento ou visão dupla, em um ou ambos os olhos. Também pode ocorrer anormalidades na forma como os olhos se movem.
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Para isso, existe uma grande variedade de opções de tratamento. Os pacientes precisam passar por avaliação especializada para serem encaminhados para tratamento direcionado específico.
Outro sinal é a perda de coordenação e/ou sensação de tontura de início agudo. Isso preocupa os especialistas, principalmente por elevar, significantemente, o risco de quedas.
Algumas pessoas podem ainda apresentar náuseas e vômitos súbitos ou sentir-se muito cansadas.
Outras, que sofrem um AVC hemorrágico, podem desenvolver uma dor de cabeça súbita e intensa, que também pode ser o único sintoma.
Um acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro estoura, geralmente causado por pressão alta.
Já o acidente vascular cerebral isquêmico, que é mais comum, ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, causando a morte das células cerebrais.
Ao notar qualquer alteração é preciso relatar ao médico. Todos os derrames são diferentes. Para algumas pessoas, os efeitos podem ser relativamente leves e podem não durar muito.
Quais os fatores de risco de AVC?
Existem diversos fatores que aumentam a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Os principais incluem:
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- Hipertensão;
- Diabetes tipo 2;
- Colesterol alto;
- Sobrepeso;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Uso excessivo de álcool;
- Idade avançada;
- Sedentarismo;
- Uso de drogas ilícitas;
- Histórico familiar;
- Ser do sexo masculino.
Consequências de um AVC
As consequências de um AVC podem variar de leves a graves e podem incluir:
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- Paralisia ou fraqueza muscular
- Dificuldades na fala e na linguagem
- Problemas de raciocínio e memória
- Alterações sensoriais, resultando em problemas de visão, audição, olfato ou paladar
- Mudanças de humor, depressão, ansiedade ou irritabilidade
- Problemas de deglutição
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A reabilitação é fundamental para ajudar os pacientes a recuperar a função e a independência após um AVC grave. Isso pode envolver terapia física, terapia ocupacional, terapia da fala, acompanhamento psicológico e apoio de cuidadores e familiares.
O suporte contínuo, a adaptação do ambiente e as estratégias de autocuidado podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade de indivíduos que sofreram um AVC grave.