Diana Garbin não acredita na cura de transtornos alimentares
Jornalista disse que segue fazendo tratamento para amenizar os sintomas
Diana Garbin fez um relato emocionante sobre os distúrbios alimentares que sofreu ao longo dos anos, em entrevista ao “Mais Você”, da TV Globo, nesta terça-feira, 5.
A jornalista, que deixou o trabalho na emissora carioca para se dedicar a um projeto pessoal sobre as doenças psíquicas, contou que começou a fazer dietas e a se ‘anular’ com 12 anos de idade. Uma saída positiva para o problema pode ser a orientação sobre os alimentos saudáveis ainda na infância, como você pode ler neste post.
Ao ser questionada por Ana Maria Braga sobre o que leva uma pré-adolescente a desenvolver esse comportamento, a ex-repórter explicou:
“A comparação. A gente começa desde muito cedo a comparar. Na infância, a gente já se compara aos irmãos, primos, coleguinhas da escola. O corpo, o cabelo… As crianças brincam muito de comparar as aparências. Na escola me chamavam de gordinha, quem usa óculos chama de quatro olhos… E isso vai internalizando e você tenta se sentir parte de alguma coisa, aceita naquele grupo. E quem tem essa tendência de desenvolver o transtorno alimentar, acha que conseguirá alcançar isso através da magreza”.
Garbin destacou ainda que o transtorno afeta muito mais homens e mulheres do que se imagina.
“A nossa sociedade internalizou que a única forma de você ser feliz e gostar de seu corpo, ter sucesso e ser aceita, é sendo extremamente magra. Então, todas as mulheres, ainda as que estão no peso normal, se sentem inadequadas”, disse.
A gente sabe bem que tais distúrbios são gravíssimos e podem levar a atitudes extremas, como o suicídio. Mas ainda há dúvidas sobre o quanto estes transtornos afetam a vida das pessoas. Pensando nisso, o Catraca Livre fez um especial sobre como identificar os vários tipos da doença. Confira AQUI!
Tiago Leifert, marido de Diana, ainda mostrou uma foto antiga da esposa pesando 57kg – com 1,70m de altura, e a famosa respondeu: ‘[Nessa foto] E eu achei que eu tinha que emagrecer mais 10kg. É esse o problema. A magreza que a gente busca é infinita. Não é que você quer se sentir mais bonita, não é tão simples. Você sente vergonha de sair na rua, de fazer as coisas”.
Por fim, Diana Garbin confessou que não deixou de fazer tratamento psiquiátrico e recebe orientação de psicanalista e nutricionista.
“Eu ainda estou em tratamento e é muito difícil a pessoa encontrar uma cura total no transtorno alimentar. Porque é uma dor, um sofrimento profundo”, completou.
Pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, realizaram um estudo para identificar a parte específica do cérebro envolvida nas questões relacionadas, por exemplo, às pessoas que desejam emagrecer e resolvem fazer uma reeducação alimentar. As informações são do ‘Minha Vida’.
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